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ELEIÇÕES 2006/DANÇA DAS CADEIRAS
Presidente Lula estuda deixar com secretários-executivos as pastas que terão titulares concorrendo em nas eleições de outubro
Seis ministros devem deixar cargos até dia 1º
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para tentar evitar uma nova rodada de pressões políticas em
meio a uma crise que atinge o ministro Antonio Palocci (Fazenda),
o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva tem dito a auxiliares que prefere soluções naturais para ocupar os ministérios cujos titulares
sairão até o final do mês para disputar as eleições, como exige a lei.
O presidente prefere que o substituto seja o secretário-executivo, o
número 2 de cada pasta.
Pelo menos seis ministros deverão deixar os postos. Dois decidiram permanecer a pedido do presidente. E mais quatro ainda avaliam qual destino tomar. A lei exige que políticos que ocupem cargo executivo deixem o posto até o
dia 1º de abril, o próximo sábado.
Os seis ministros que sairão são:
José Alencar (Defesa), Alfredo
Nascimento (Transportes), Saraiva Felipe (Saúde), Ciro Gomes
(Integração Nacional), Miguel
Rossetto (Desenvolvimento
Agrário) e José Fritsch (Pesca).
Alencar (PRB) quer ficar livre
para a eventualidade de repetir a
dobradinha com Lula nas eleições
presidenciais. Ciro, também cotado para vice de Lula, deve, no mínimo, ser candidato a deputado
federal no Ceará para vitaminar a
candidatura do irmão Cid Gomes
(PSB) a governador.
Nascimento pretende concorrer
a senador pelo Amazonas e deve
assumir a presidência do PL. Saraiva é bombardeado pela ala governista do PMDB porque, apesar
de ter sido indicado por ela, tem
ajudado o setor oposicionista. Saraiva quer ser vice do governador
tucano Aécio Neves (MG).
Os petistas Rossetto e Fritsch
devem ser candidatos a senador
no Rio Grande do Sul e em Santa
Catarina, respectivamente.
Palocci (PT) deverá sair em breve por avaliar que perdeu "as condições políticas" de continuar na
Fazenda depois da quebra ilegal
do sigilo bancário do caseiro
Francenildo Costa.
Dois ministros ainda discutirão
com Lula a possibilidade de saírem candidatos a governador: os
petistas Jaques Wagner (Relações
Institucionais) e Marina Silva
(Meio Ambiente). Wagner tende
a disputar o governo da Bahia. Já
falou com Lula, mas pode ficar se
a crise política se agravar.
Marina prefere continuar ministra. Mas analisará a possibilidade de concorrer ao governo do
Acre. Assim, liberaria o atual governador Jorge Viana para a eventual substituição de Wagner.
Hélio Costa (PMDB) tende a ficar nas Comunicações. Quer negociar os últimos detalhes para
que o Brasil adote o padrão japonês de TV digital. O petista Paulo
Bernardo (Planejamento) e o petebista Walfrido Mares Guia (Turismo), cujas performances são
bem avaliadas pelo presidente,
atenderam a pedido de Lula para
continuar em seus postos.
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