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Kassabistas e alckmistas fazem duelo de auditório
"Haverá dois candidatos" em São Paulo, diz presidente do PSDB, Sérgio Guerra
Agendado para horário
próximo ao de ato pela
candidatura de tucano,
evento com FHC vira novo
capítulo do racha em SP
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Concorrência desleal. Em
mais um capítulo da disputa no
PSDB, simpatizantes da aliança
com o DEM se dedicavam ontem à convocação de tucanos
para uma palestra do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso programada para começar
só 30 minutos antes do ato em
defesa da candidatura própria
para a Prefeitura de São Paulo.
Apesar de estar agendada para amanhã desde o mês de janeiro, a mobilização para a palestra de FHC ganhou apenas
ontem as páginas do blog da juventude tucana.
Hoje coordenador social da
Subprefeitura de Cidade Ademar, o presidente da juventude
do PSDB, José Rubens Domingues Filho, disse que disparou
convites pelo mailing ontem,
após receber o convite do presidente estadual do PSDB, deputado federal Mendes Thame.
Ele assistirá à palestra ao lado
do presidente da juventude do
DEM, Walter Abraão. "FHC é
nosso grande líder", disse.
O ato em apoio à candidatura
do ex-governador Geraldo
Alckmin está previsto para as
19h30 de amanhã. A palestra de
FHC -sobre perspectivas para
o país-, para as 19h.
Também ontem, veio à tona
o conteúdo de uma carta em
que o secretário municipal de
Esportes, Walter Feldman,
condena o lançamento de candidatura própria na capital.
Um dia depois de aterrissar
em São Paulo, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio
Guerra, rendeu-se, reconhecendo a ruptura com o DEM no
Estado. Segundo Guerra, não
há mais possibilidade de entendimento entre os dois partidos
e o trabalho agora será o de costurar um acordo de boa convivência que permita uma aliança num eventual segundo turno. "Haverá dois candidatos",
disse Guerra."Não aposto mais
em conciliação."
Em São Paulo, Guerra se encontrou com Alckmin e com o
governador José Serra. Pôde
verificar o clima de hostilidade.
Ontem, alckmistas acusavam
kassabistas de tentar esvaziar o
ato em apoio à candidatura
própria. Responsável pela programação da palestra -um ciclo de três, incluindo Alckmin e
Serra como oradores- Thame
contou ter procurado um dos
apoiadores de Alckmin sugerindo que adiassem o ato.
"Eu disse que esvaziaria se
houvesse dois eventos no mesmo dia", disse Thame. Segundo
ele, o presidente do diretório de
Indianápolis, Alê Ferraz, argumentou que não seria necessário cancelar o evento porque
são destinados a públicos diferentes. Originalmente, o PSDB
cobrou R$ 2.000 para que os
tucanos assistissem aos seus
principais líderes falarem sobre "perspectiva para o país".
Com a baixa adesão, a palestra
foi aberta a convidados.
"Adoraria assistir ao FHC.
Mas minha missão hoje é pela
cidade de São Paulo", afirmou
Alê Ferraz, admitindo que, na
reunião em que organizaram o
ato, os alckmistas lembraram
da palestra de FHC. "Mas não
tinha outro dia". O presidente
municipal do PSDB, José Henrique Reis Lobo, disse que esses
atos não terão efeito. "As decisões do partido não serão influenciadas. Vai ser mais uma
competição entre grupos para
saber quem é capaz de por mais
gente dentro de um salão."
Fugindo de polêmicas, Alckmin deverá viajar para Ribeirão
Preto no dia do evento.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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