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Painel
Clima pesado
Apesar de ter negado, ACM esteve no Alvorada ontem de manhã. A conversa com FHC foi
péssima. O senador deixou claro
que se sentiu traído com a entrada de Serra no ministério. Falou
que o presidente dissera que a
atual reforma seria transitória.
Exigência baiana
ACM disse a FHC que não concordava com a criação agora de
um Ministério da Habitação.
Exigiu que o cargo fosse guardado para ser dado em 99 a Paulo
Souto, governador da Bahia.
Souto cedeu a vaga para Luís
Eduardo ser candidato agora.
Briga por espaço
ACM já conseguiu abortar a
pasta da Habitação agora. O Planalto vai deixar Sérgio Cutolo na
Caixa. Resta saber se FHC se
compromete a nomear Souto
em 99 como compensação pela
ida de Serra para a Saúde.
Chamem os bombeiros
Após a conversa no Alvorada,
FHC e ACM explodiram, em entrevistas separadas, com os repórteres. O senador viajou ontem mesmo para Salvador.
Quem esteve com o presidente
diz que ele estava muito tenso.
Rusga interna
O vice Marco Maciel ligou ontem para ACM. As relações entre
os dois caciques pefelistas estão
ruins por causa da escolha do
ministro do Meio Ambiente,
cargo para o qual Maciel indicara Aloísio Sotero. O baiano exige
um nome "de peso" no PFL.
Aliança em crise
Um pefelista diz que FHC não
conseguirá fechar os nomes da
reforma ministerial até amanhã,
como desejava. O PFL quer dificultar até a última hora.
Sozinho no fogo
FHC reclamou ontem com um
auxiliar de Serra estar no exterior na hora em que há uma grave crise ministerial com o PFL .
Pais da criança
Sérgio Cutolo seria ministro
da Habitação por obra de Clóvis
Carvalho (Casa Civil) e Pedro
Malan (Fazenda). A equipe econômica está preocupada em nomear quem esteja afinada com
sua política de conter gastos.
Só no ano 3000
A alardeada quebra do monopólio das empresas de ônibus é
piada. Isso só ocorreria com as
novas licitações para as mais de
2.000 linhas no país. Eliseu Padilha (Transportes) abriu apenas
10 novas concorrências.
Parece que funcionou
Sem condição de barrar o decreto que permite quebrar o monopólio das empresas de ônibus,
o cartel do setor pressiona o governo a atrasar novas licitações.
Leilão de cargos
Além de um novo ministério,
o PPB está reivindicando a Secretaria de Assistência Social,
que está com um tucano, e a presidência da Conab, cujo titular,
que é ligado ao partido, deve sair
para concorrer às eleições.
Trabalho preventivo
FHC dará a audiência aos artistas de SP para tratar da nomeação do general Fayad para
uma diretoria do Exército. Mas
só depois que conversarem com
Gregori (Direitos Humanos).
Dureza brasiliense
O Corpo de Bombeiros de Brasília está renovando parte do
pessoal que enviou para combater o fogo em Roraima. Eram
oficiais que se ofereceram como
voluntários só por causa da diária de R$ 140. Não estavam acostumados a pegar no pesado.
Ação estratégica
A Rede Brasil, ONG que acompanha a relação do país com instituições financeiras internacionais, lança hoje em livro o "Documento sobre Estratégia de Assistência ao País do Banco Mundial". É a 1ª vez que o documento, confidencial, vem a público.
Então, tá
O secretário dos Transportes
de São Paulo, Michael Zeitlin,
diz que participou da Paulipetro
na condição de diretor do IPT. E
que deixou a estatal por discordar das diretrizes de Maluf.
Visita à Folha
Joaquim Francisco de Castro
Neto, vice-presidente da Unidade de Negócios de Varejo do
Unibanco, e Danilo Mussi Cardozo Mansur, vice-presidente
do Unibanco, visitaram o
CTG-F (Centro Tecnológico
Gráfico-Folha), onde foram recebido em almoço.
TIROTEIO
Do presidente do PSDB, Teotonio Vilela Filho (AL), sobre
Maluf ter atacado a ida de Serra
para a Saúde:
- É reação de absoluto desespero de quem está vendo que vai
levar surra eleitoral do Covas. CONTRAPONTO
Fecho de ouro
Na semana passada, houve
uma manifestação de lideranças
comunitárias de Osasco (SP) e
de políticos de oposição contra
as frequentes faltas de água na
cidade.
A prefeitura da cidade é acusada de cobrar a conta de água dos
moradores, mas não repassar os
valores à Sabesp, a companhia
estadual de água.
Entre os políticos, estava o deputado João Paulo (PT), que tem
base na cidade. Pedro Tintino
era um dos líderes comunitários
mais exaltados:
- Eu acho essa situação muito
preocupante. A prefeitura cobrar a conta e não repassar para
a Sabesp é muito grave.
Ao perceber a aprovação da
audiência, Tintino tentou encerrar a fala com frase de efeito.
- Isso é uma desapropriação
indébita - disse, confundindo
apropriação com desapropriação.
Depois, olhou para os lados esperando aprovação. Estavam todos contendo o riso.
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