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Em convenção que homologa Bittar, Dirceu nega corrupção no governo
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Em mensagem gravada e exibida ontem no Rio, o ministro da
Casa Civil, José Dirceu, disse que
durante os 16 meses do governo
Lula não foi registrado nenhum
caso de corrupção. A mensagem,
dirigida aos militantes do PT do
Rio, foi veiculada durante a homologação do nome do deputado
federal Jorge Bittar, 55, como candidato à prefeitura da cidade.
"Eu sei que todos que estão nesta convenção sabem que nós estamos mudando o Brasil. Primeiro
porque acabou a corrupção no
governo do Brasil. Depois de 16
meses de governo, não temos a
notícia de um só ato de corrupção
no governo. Mudamos o Brasil,
porque garantimos as condições
para a retomada do desenvolvimento", afirmou o ministro.
Há cerca de dois meses o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República,
Waldomiro Diniz, assessor direto
de Dirceu, foi afastado do cargo, a
pedido, depois de ser flagrado em
vídeo pedindo propina ao empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Na convenção, os políticos do
PT pediram aos militantes que
defendam o governo federal dos
ataques na campanha.
"O Cesar Maia disse que vai nacionalizar a eleição e eu digo a vocês: nós é que temos de fazer isso
para mostrar a ele, ao PFL e ao
PSDB, sócios da ruína nacional na
última década, que vamos mudar
esse país para melhor", disse o deputado federal Arlindo Chinaglia.
Bittar tentará pela segunda vez
ser prefeito do Rio. Ele foi candidato em 1988, quando Marcelo
Allencar (então no PDT) foi eleito
prefeito. Recebeu 552.149 votos e
ficou em segundo lugar.
Neste ano, o PT do Rio conseguiu ficar unido depois de várias
eleições marcadas por divisões internas. Em 1998, chegou a sofrer
intervenção da Executiva Nacional do partido, por ocasião da
aliança com o PDT.
"Fico feliz porque estamos mostrando que ficamos mais maduros depois dos últimos episódios
de brigas internas", disse Bittar,
acrescentando que pretende vencer a eleição "para pôr fim a 12
anos [dois mandatos de Cesar
Maia (PFL) e um de Luiz Paulo
Conde (PMDB)] de governo autoritário e centralizador".
Ele anunciou a formação de
aliança com o PSB e disse que partidos como PC do B, PPS e PV podem integrar a aliança. O candidato a vice deverá ser apontado
pelos aliados, em acordo com o
diretório estadual do PT.
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