São Paulo, segunda-feira, 26 de abril de 2004

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Em convenção que homologa Bittar, Dirceu nega corrupção no governo

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em mensagem gravada e exibida ontem no Rio, o ministro da Casa Civil, José Dirceu, disse que durante os 16 meses do governo Lula não foi registrado nenhum caso de corrupção. A mensagem, dirigida aos militantes do PT do Rio, foi veiculada durante a homologação do nome do deputado federal Jorge Bittar, 55, como candidato à prefeitura da cidade.
"Eu sei que todos que estão nesta convenção sabem que nós estamos mudando o Brasil. Primeiro porque acabou a corrupção no governo do Brasil. Depois de 16 meses de governo, não temos a notícia de um só ato de corrupção no governo. Mudamos o Brasil, porque garantimos as condições para a retomada do desenvolvimento", afirmou o ministro.
Há cerca de dois meses o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República, Waldomiro Diniz, assessor direto de Dirceu, foi afastado do cargo, a pedido, depois de ser flagrado em vídeo pedindo propina ao empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Na convenção, os políticos do PT pediram aos militantes que defendam o governo federal dos ataques na campanha.
"O Cesar Maia disse que vai nacionalizar a eleição e eu digo a vocês: nós é que temos de fazer isso para mostrar a ele, ao PFL e ao PSDB, sócios da ruína nacional na última década, que vamos mudar esse país para melhor", disse o deputado federal Arlindo Chinaglia.
Bittar tentará pela segunda vez ser prefeito do Rio. Ele foi candidato em 1988, quando Marcelo Allencar (então no PDT) foi eleito prefeito. Recebeu 552.149 votos e ficou em segundo lugar.
Neste ano, o PT do Rio conseguiu ficar unido depois de várias eleições marcadas por divisões internas. Em 1998, chegou a sofrer intervenção da Executiva Nacional do partido, por ocasião da aliança com o PDT.
"Fico feliz porque estamos mostrando que ficamos mais maduros depois dos últimos episódios de brigas internas", disse Bittar, acrescentando que pretende vencer a eleição "para pôr fim a 12 anos [dois mandatos de Cesar Maia (PFL) e um de Luiz Paulo Conde (PMDB)] de governo autoritário e centralizador".
Ele anunciou a formação de aliança com o PSB e disse que partidos como PC do B, PPS e PV podem integrar a aliança. O candidato a vice deverá ser apontado pelos aliados, em acordo com o diretório estadual do PT.


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