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DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

Dezoito pessoas foram presas ontem de manhã em uma operação da Polícia Federal paraense, acusadas de envolvimento com irregularidades na administração da Companhia Docas do Pará.
Entre os detidos estão o ex-senador Ademir Andrade -presidente local do PSB e pré-candidato ao governo do Estado- e o atual presidente da companhia, Erickson Barbosa, que negam as acusações. As prisões temporárias têm prazo de cinco dias.
A investigação, iniciada em agosto de 2005, constatou indícios de fraudes em processos licitatórios e desvio de taxas portuárias. O delegado Anilton Roberto Turíbio disse que a PF suspeita que o dinheiro tenha sido desviado para campanhas políticas.
Turíbio afirmou que a investigação apontou Andrade como o comandante do esquema de fraudes no processo de licitação e no faturamento na companhia.
O ex-senador foi presidente da empresa de 2003 a abril deste ano. No período, o lucro líquido da empresa caiu de R$ 12 milhões em 2003 para R$ 3 milhões em 2005, enquanto que o movimento de carga cresceu em 22%.
Ademir Andrade declarou que contra ele "não pesa absolutamente nada". Por telefone celular, da cela em que estava preso, ele disse à Folha que sua situação era "inexplicável e constrangedora". Sobre as acusações, Andrade disse que desconhecia o esquema.


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