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CAMPO MINADO
Entidades do RS são ligadas à Via Campesina
Grupos de sem-terra que depredaram fábrica terão sigilo bancário quebrado
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TEIXEIRA DE FREITAS
O juiz estadual José Pedro Eckert, de Barra do Ribeiro (68 km
de Porto Alegre), determinou ontem a quebra do sigilo bancário de
três entidades sem-terra ligadas à
Via Campesina.
As entidades que tiveram o sigilo bancário quebrado são a
AMTR-Sul (Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais da
Região Sul), a ANMC (Associação
Nacional das Mulheres Camponesas) e a MMTR (Associação das
Mulheres Trabalhadoras Rurais
do Rio Grande do Sul).
O pedido foi feito pelo Ministério Público Estadual, que apresentou denúncia na segunda-feira
contra 37 pessoas em razão da invasão e depredação do horto florestal da Aracruz Celulose, no dia
8 de março.
São dez homens e 27 mulheres
denunciados pelos delitos de dano, furto, cárcere privado, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Entre eles está João Pedro
Stedile, líder do MST, que negou
envolvimento no caso.
Invasão na Bahia
Após três horas de reunião com
representantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra) sem acordo, o governo da Bahia autorizou a Polícia
Militar a cumprir decisão da Justiça e reintegrar à Suzano Papel e
Celulose fazenda de 975 hectares
invadida há dez dias, em Teixeira
de Freitas (820 km de Salvador),
por cerca de 3.500 sem-terra. Os
invasores se disseram dispostos a
resistir à ação, prevista para hoje.
"A Suzano quer as terras, e nós
também. Então, não vamos sair e
resistiremos à ação da PM", disse
o deputado estadual Walmir Assunção (PT), representante dos
sem-terra na Assembléia.
Em nota, a Suzano informou
que "a empresa vem tratando esta
questão com as autoridades baianas, com o objetivo de exercer seu
direito legal e legítimo sobre
aquelas terras, respeitando os invasores e seus familiares".
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