São Paulo, sábado, 26 de abril de 2008

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Associação de funcionários do BNDES cobra explicações sobre operação da PF

JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

A AFBNDES (Associação de Funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) se reuniu ontem com o diretor das áreas de Operações Indiretas e de Administração, Maurício Borges Lemos. Os funcionários cobraram esclarecimentos sobre a Operação Santa Tereza, da Polícia Federal.
A operação resultou na prisão de dez pessoas sob a acusação de integrarem uma quadrilha que desviava parte dos empréstimos do banco para prefeituras e empresas privadas.
Segundo Antonio Saraiva, presidente da AFBNDES, Lemos disse aos funcionários que os empréstimos saíram conforme políticas operacionais.
Em relação ao membro do Conselho de Administração do banco, Ricardo Tosto, que foi preso anteontem, o diretor teria se limitado a dizer que ele foi indicado pela Força Sindical. Segundo o BNDES, Tosto passou a integrar o conselho em agosto do ano passado.
O banco afirma que não há qualquer exigência legal para que um representante da Força faça parte do conselho -trata-se de uma tradição. Qualquer mudança depende do presidente do conselho, o ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento).
Uma das operações sob suspeita é um empréstimo para a prefeitura de Praia Grande (SP), de R$ 124 milhões. O valor foi contratado em dezembro para realização de obras.
Um dos presos na operação foi o engenheiro Boris Timoner, diretor de expansão das Lojas Marisa. A rede informou que ele só prestava serviços para a empresa. A Marisa tem duas operações no BNDES: uma de R$ 165,1 milhões e outra de R$ 114,7 milhões.
Segundo o banco, até ontem a PF não havia feito comunicado oficial sobre as operações. O BNDES diz que aguarda o comunicado para colaborar com as apurações e tomar as medidas cabíveis. O BNDES já havia informado que pode suspender os empréstimos.


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