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Associação de funcionários do BNDES cobra explicações sobre operação da PF
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
A AFBNDES (Associação de
Funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) se reuniu ontem com o diretor das áreas de
Operações Indiretas e de Administração, Maurício Borges
Lemos. Os funcionários cobraram esclarecimentos sobre a
Operação Santa Tereza, da Polícia Federal.
A operação resultou na prisão de dez pessoas sob a acusação de integrarem uma quadrilha que desviava parte dos empréstimos do banco para prefeituras e empresas privadas.
Segundo Antonio Saraiva,
presidente da AFBNDES, Lemos disse aos funcionários que
os empréstimos saíram conforme políticas operacionais.
Em relação ao membro do
Conselho de Administração do
banco, Ricardo Tosto, que foi
preso anteontem, o diretor teria se limitado a dizer que ele
foi indicado pela Força Sindical. Segundo o BNDES, Tosto
passou a integrar o conselho
em agosto do ano passado.
O banco afirma que não há
qualquer exigência legal para
que um representante da Força
faça parte do conselho -trata-se de uma tradição. Qualquer
mudança depende do presidente do conselho, o ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento).
Uma das operações sob suspeita é um empréstimo para a
prefeitura de Praia Grande
(SP), de R$ 124 milhões. O valor
foi contratado em dezembro
para realização de obras.
Um dos presos na operação
foi o engenheiro Boris Timoner, diretor de expansão das
Lojas Marisa. A rede informou
que ele só prestava serviços para a empresa. A Marisa tem
duas operações no BNDES:
uma de R$ 165,1 milhões e outra de R$ 114,7 milhões.
Segundo o banco, até ontem
a PF não havia feito comunicado oficial sobre as operações. O
BNDES diz que aguarda o comunicado para colaborar com
as apurações e tomar as medidas cabíveis. O BNDES já havia
informado que pode suspender
os empréstimos.
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