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SAÚDE
Tema seria emenda constitucional
ACM sugere debate entre Serra e Malan
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA),
sugeriu a realização de um debate
entre os ministros Pedro Malan
(Fazenda) e José Serra (Saúde) sobre a proposta de emenda constitucional que vincula recursos do
Orçamento da União, dos Estados e dos municípios à área da
saúde, a chamada PEC da Saúde.
ACM é contra a vinculação de
recursos para fortalecer a pasta
dirigida por Serra. Malan também discorda e tem feito articulações para evitar sua aprovação.
""Há dúvida se o governo vai
querer que dois ministros se enfrentem. Mas seria ótimo, porque
os senadores e a imprensa teriam
um debate entre os dois ministros
que pensam diferente e veriam
quem tem razão", afirmou ACM.
Para o presidente do Senado,
uma oportunidade para esse confronto seria a audiência pública
da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) no dia 30, marcada
para que todos os interessados na
questão possam se manifestar.
Governadores como o do Ceará, Tasso Jereissati, tucano como
Serra, e o da Bahia, César Borges,
pefelista como ACM, são contra.
Apesar disso, os secretários da
Saúde dos 26 Estados e do Distrito
Federal divulgaram nota oficial
pedindo a aprovação da PEC.
ACM disse, em tom irônico, que
um debate entre Serra e Malan
não causaria desgaste. ""Pelo contrário, seria democrático. Deve
haver divergências no governo."
Ele insinuou que o presidente
Fernando Henrique Cardoso não
faz questão da aprovação da PEC.
""O próprio presidente disse que a
aprovação foge a ele", disse.
Pela emenda, Estados e municípios têm de aplicar inicialmente
7% de suas receitas próprias em
saúde. Em cinco anos, esse patamar seria elevado progressivamente, até que Estados tenham de
aplicar 12% e municípios, 15%.
Já a União teria de investir em
saúde 5% a mais do que foi destinado pelo Orçamento no ano anterior e teria de elevar sua cota a
cada ano, segundo a variação nominal do Produto Interno Bruto.
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