NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

No início da noite, entra plantão na Band. Do repórter, correndo:
- O oficial de Justiça procura Pitta. Se não encontrar aqui, vai procurar até achar.
Na sequência, a Record:
- O oficial de Justiça, o Daniel Antunes, não conseguiu entregar a notificação. O que alegaram, Daniel?
O rapaz, meio assustado:
- Fui informado que o prefeito não se encontra.
- Mas a informação que nós tínhamos é de que ele estava aqui. Você chegou a entrar no gabinete?
- Não. Fui até a chefe de gabinete. Ela telefonou, perguntando por ele, e me disse: "Não está. Talvez amanhã".
E lá se foi o oficial de Justiça, atrás do prefeito.
 
De José Luiz Datena:
- Ele não está na Prefeitura. Aliás, faz tempo que ele não está na Prefeitura. Aliás, ele nunca ocupou a Prefeitura. Mas deve ser duro. Ter que viver se escondendo. Ter que viver aí: "Olha, não está". Sendo perseguido. Deve ser duro, não é?
 
O protesto no Palácio dos Bandeirantes corria bem, pelas descrições, até que:
- Tentaram agredir jornalistas. Tentaram linchar, na verdade. Deputados ajudaram esse jornalista. Colocaram Caco Barcellos no nosso carro, no carro da Record, e o motorista levou para longe daqui. Foi lamentável.
A Globo News registrou a tentativa de "agredir duas equipes da Globo". Mas o JN, que não citou o fato, respondeu com manchete para o protesto e narração de Caco Barcellos, para a cobertura impecável.
 
FHC espalha que a violência nos protestos é "eleitoral", mas não deve ser nada fácil para Marta Suplicy, por exemplo, ouvir declarações como a do agressor de Covas, na Band. Ele se dirigiu ao próprio:
- Foi simplesmente, senhor governador, te mostrar o que aconteceu no dia anterior, na Paulista... Eu não tive atitude agressiva. Foi atitude de defesa. Se eu tivesse visto realmente que eu agredi, eu teria vergonha de ter agredido.
E o âncora:
- Cada um se defende como pode.
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