São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2005

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PAINEL

Um culpado
Em encontro do Campo Majoritário do PT, anteontem à noite, José Dirceu disse frase que mereceu múltiplas interpretações dos ouvintes: "Há uma crise política. O culpado tem nome, mas a gente não pode dizer quem é".

Vários suspeitos
A maioria entendeu que o ministro falava de Lula, cuja reação à crise foi considerada letárgica por vários dos presentes. Para outros, falava de Aldo Rebelo. E houve quem achasse que o culpado era Severino Cavalcanti.

Coisas da vida
O próprio Dirceu aliviou a barra do colega da Coordenação Política. "O Aldo, coitado, não tem culpa", apesar de demonstrar "apego ao cargo". Mas isso, disse, "é da natureza humana".

Ninguém sai
O medo de traição rondava a esquerda petista. Reunidos no fim da tarde, nove deputados juraram resistir à pressão para retirar suas assinaturas da CPI.

Na lata
O presidente do PP, Pedro Corrêa (PE), ameaçou destituir o ex-ministro Francisco Turra (RS) da presidência da Fundação Milton Campos caso não retirasse o nome da lista da CPI.

Tapas e tapas
Na série "o amor é lindo na base aliada", o vice-líder Beto Albuquerque (PSB) fala do líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT): "A diferença entre nós é que eu não tolero traição".

Depois reclamam
Enquanto Brasília ardia, cerca de 550 deputados estaduais começavam a chegar para três dias de lazer na Costa do Sauípe, bancados pela União Nacional das Assembléias Legislativas.

Inferno astral
A tensão na capital contaminou a turma que foi à Coréia e ao Japão. Alguns jornalistas e assessores de ministros da comitiva andaram se estranhando.

Entrou água 1
A oposição espera contar com a ajuda de alguns deputados da base aliada a Geraldo Alckmin na Assembléia para aproveitar "brechas" na CPI das Áreas Contaminadas para investigar as obras na calha do rio Tietê, que ontem transbordou.

Entrou água 2
Em outra frente, o PT, no comando da comissão de Obras, tentará levar o secretário Mauro Arce (Recursos Hídricos) para explicar o que foi feito nas marginais do Tietê e do Pinheiros.

Chuva no telhado
José Serra deitou ontem às 2h30. Três horas depois estava de pé para entrevistas de rádio sobre os estragos causados pelo temporal em São Paulo. À tarde, cancelou ida a Brasília.

Martelo batido
As agências DPZ e Lua Branca -esta da dupla Luiz Gonzalez e Woile Guimarães- venceram licitações para cuidar da propaganda do governo de São Paulo.

Corpo estranho
Recém-chegado de Roma e fechado com Aécio Neves, o ex-presidente Itamar Franco diz estar "surpreso" com o PMDB mineiro, que no momento defende candidatura própria em Minas para enfrentar a tentativa de reeleição do governador tucano.

Visitas à Folha
Aristides de Macedo, diretor-presidente da Kraft Foods Brasil S.A, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Newton Galvão, diretor de assuntos corporativos, de Aldo de Luca, diretor da Publicom Assessoria de Comunicação e assessor de Comunicação da Kraft, e de Luzia Zocchio, assessora de imprensa.
 
Hernan A. Couturier, embaixador do Peru, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Eloy Alfaro, cônsul-geral do Peru, de César Seminário, vice-cônsul, e de José Betancourt Rivera, ministro.

TIROTEIO

Do líder da bancada do PT na Assembléia paulista, Renato Simões, sobre o transbordamento do Tietê, ontem, ocorrido a despeito da obra realizada no rio pelo tucano Geraldo Alckmin:
-Agora o governador terá de recolher a propaganda com a qual tentou faturar, antes da hora, o fim das enchentes no rio.

CONTRAPONTO

Domicílio eleitoral

Na campanha eleitoral do ano passado, o vereador de Curitiba Sérgio do Posto (PPS) convidou o candidato a prefeito de seu partido, Rubens Bueno, para um jantar com militantes e correligionários no qual ele faria um pequeno discurso.
Enquanto Bueno se preparava, ocupantes de uma mesa ao fundo do restaurante não paravam de fazer barulho. Gargalhavam, gesticulavam muito e brindavam de maneira efusiva.
Já discursando, o candidato a prefeito notou que o grupo continuava barulhento e não dava a mínima para suas palavras.
-Sérgio, peça a eles um pouco mais de respeito-, disse Bueno para o anfitrião, que foi até a mesa solicitar aos militantes silêncio e atenção à mensagem do candidato.
O vereador voltou sorrindo:
-Esqueça. Não é gente nossa. São turistas alemães e não entendem nada de português.


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