São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2005

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Fala de Renan tenta conter radicalização

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Senado, Renan Calheiros, instalou a CPI do Correios com um discurso para acalmar os ânimos acirrados de governistas e oposicionistas.
Em momento acalorado da sessão, leu seu pronunciamento para rejeitar a hipótese de "crise institucional" no país e avisar que não vai deixar a CPI paralisar o Congresso. "Até os vocábulos, desencavados do período mais triste da história brasileira, são impróprios", disse, referindo-se aos debates sobre intenções golpistas e às faixas mostradas na sessão.
"Estamos muito mais próximos de uma crise institucional maquinada na retórica do que de uma crise de fato (...) Temos, inegavelmente, desalinhos políticos, todos reversíveis." Ele defendeu a CPI como forma de fortalecer o papel do Congresso e pediu para "banir iniciativas fisiológicas e defesas corporativistas", embora não tenha citado explicitamente a liberação de verbas para emendas.
"A CPI é um instrumento democrático da minoria. À maioria cabe explicitar sua maioria, também democraticamente. Como presidente do Senado saberei respeitar a imparcialidade e zelar pela convivência democrática entre os poderes." Renan criticou a falta de serenidade e ponderação dos políticos de situação e oposição: "Há excessos e destemperos de todos os lados. Todos sabemos que radicalismos e tensionamentos não são bons conselheiros".


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