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Fala de Renan
tenta conter
radicalização
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Senado, Renan
Calheiros, instalou a CPI do Correios com um discurso para acalmar os ânimos acirrados de governistas e oposicionistas.
Em momento acalorado da sessão, leu seu pronunciamento para
rejeitar a hipótese de "crise institucional" no país e avisar que não
vai deixar a CPI paralisar o Congresso. "Até os vocábulos, desencavados do período mais triste da
história brasileira, são impróprios", disse, referindo-se aos debates sobre intenções golpistas e
às faixas mostradas na sessão.
"Estamos muito mais próximos
de uma crise institucional maquinada na retórica do que de uma
crise de fato (...) Temos, inegavelmente, desalinhos políticos, todos
reversíveis." Ele defendeu a CPI
como forma de fortalecer o papel
do Congresso e pediu para "banir
iniciativas fisiológicas e defesas
corporativistas", embora não tenha citado explicitamente a liberação de verbas para emendas.
"A CPI é um instrumento democrático da minoria. À maioria
cabe explicitar sua maioria, também democraticamente. Como
presidente do Senado saberei respeitar a imparcialidade e zelar pela convivência democrática entre
os poderes." Renan criticou a falta
de serenidade e ponderação dos
políticos de situação e oposição:
"Há excessos e destemperos de
todos os lados. Todos sabemos
que radicalismos e tensionamentos não são bons conselheiros".
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