UOL

São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Requião intervém, mas volta atrás

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Aproveitando-se da invasão do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) a 11 das 26 praças de pedágio nas rodovias do Paraná, o governador Roberto Requião (PMDB), em um intervalo de dez horas, anunciou ontem a intervenção nas concessionárias do serviço, depois mudou e disse que a ação se restringia às praças invadidas e, à noite, por volta das 21h30, voltou atrás, desistindo do decreto que assinaria hoje.
"Diante da firme posição do governo de intervir, o MST abandonou as praças de pedágio até as 21h, e, como as empresas voltaram a administrar as mesmas, perde-se a razão da intervenção", disse o governador por intermédio de sua assessoria, à noite.
Na coletiva pela manhã, por volta das 11h, o governador peemedebista chegou a anunciar que a intervenção teria duração de 180 dias e que iria orientar o interventor a reduzir pela metade os preços das tarifas. A maior tarifa cobrada no Estado é de R$ 6,10, e a menor é de R$ 2,40, com média de R$ 4,20, segundo a ABCR (associação das concessionárias).
Requião chegou a justificar a intervenção dizendo que não poderia "deixar que a anarquia tome conta do Paraná".
Em votações realizadas ontem e anteontem, o governo obteve autorização dos deputados para encampar as seis concessões de rodovias, que há cinco anos são exploradas por empresas.
Requião conseguiu 47 votos a favor da encampação e seis abstenções, mas a maioria da base do governo defende o diálogo entre governo e concessionárias para a redução das tarifas e a permanência das empresas no serviço.
À tarde, o líder do governo na Assembléia, Ângelo Vanhoni (PT), chegou a se dizer surpreso com a notícia da intervenção.


Texto Anterior: MST libera cobrança de mais 3 pedágios no PR
Próximo Texto: Governador afirma que não há desordem
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.