São Paulo, sábado, 26 de junho de 2004

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PAINEL

Serviços prestados
Longe dos microfones, petistas interpretam a provável convocação extraordinária do Congresso em julho como um presente do Executivo, que estaria disposto a engordar a remuneração dos deputados em retribuição ao bom comportamento na votação do salário mínimo.

Discurso pronto
Com os trabalhos prorrogados até 8 de julho, dificilmente o Congresso cumpriria a pauta do governo, como a votação da Parceria Público-Privada e das leis imobiliária e de biossegurança. Daí a justificativa para a convocação, que renderia R$ 38.160,00 a cada deputado.

Ferida aberta
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) entrou com uma representação contra o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), que teria chamado o presidente nacional do PPS, Roberto Freire (PE), de "cretino" durante acalorada discussão em plenário na quarta-feira.

Fratura exposta
O próprio Roberto Freire tentara demover o PPS de fazer algo contra João Paulo. Lavou as mãos depois de ser duas vezes atacado por Ciro Gomes, que criticou sua desavença com o presidente da Câmara, e diante de manifestações de rebelião contra sua liderança na sigla.

Bom velhinho
Em resposta a um pedido de licitação para a compra de equipamentos feito pelo secretário de Segurança do Paraná, Luiz Fernando Delazari, o governador Roberto Requião (PMDB) escreveu, no verso do ofício: "Encaminhe-se ao Papai Noel".

Gaveta trancada
Relator da CPI da Terra, o deputado João Alfredo (PT-CE) reclamou por escrito do presidente da comissão, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que estaria mantendo em seu poder documentos relativos aos repasses do governo federal ao MST.

Agora vai
Ao anunciar ontem que irá ao debate da Rede Globo, em 1º de julho, Marta Suplicy colocou fim à resistência não declarada de assessores petistas, tucanos e malufistas ao evento. Com o "sim" da prefeita, é improvável que seus dois maiores adversários deixem de comparecer.

Desinteresse comum
Por razões distintas, as equipes do trio principal da eleição paulistana torcem o nariz para a data estabelecida pela Globo. Não gostariam de debater tão cedo.

Calendário
A Globo, que negocia o debate desde março, diz não ter enfrentado problema com nenhum candidato. Segundo a emissora, foi escolhida a data de 1º de julho porque, dada a legislação em vigor, adiante seria mais difícil chamar apenas os nomes de maior densidade eleitoral.

Usina eleitoral
Segue a todo vapor a costura feita pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson, para apoiar o PT nas eleições municipais. Em Belo Horizonte, Ronaldo Vasconcelos será o vice na chapa do petista Fernando Pimentel, que busca o segundo mandato.

Novos rumos
Feita a convenção que definiu o apoio do PMDB ao PT em Curitiba, Eleonora Fruet deixou a Secretaria do Planejamento de Roberto Requião. Ela é irmã do deputado Gustavo Fruet, derrotado na tentativa de ser o candidato peemedebista na cidade.

Visitas à Folha
Rubens Ricupero, embaixador e secretário-geral da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento), visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço.
 
Aloizio Mercadante (PT), líder do governo no Senado, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Patrícia de Paula, assessora de imprensa.

TIROTEIO

Do deputado federal Chico Alencar (RJ), integrante da esquerda petista, a respeito do ministro José Dirceu, que estaria querendo se transformar em "Zezinho paz e amor":
-Para uma operação como essa, vai ter de contratar um marqueteiro de mão cheia.

CONTRAPONTO

A caravana empaca

Em campanha anteontem à tarde no extremo leste da capital paulista, o candidato do PP, Paulo Maluf, decidiu improvisar um discurso para um grupo de eleitores que o acompanhava.
O ex-prefeito misturava lembranças de seu passado político com críticas aos projetos tocados pela atual administração, da petista Marta Suplicy, e ao candidato do PSDB, José Serra. De uma hora para outra, vários cães começaram a latir.
Maluf interrompeu o discurso até que os animais fossem silenciados pelos correligionários.
O ex-prefeito recomeçou a falar e já se preparava para desancar os concorrentes. Mas os latidos voltaram, e ele parou novamente. Percebendo o constrangimento da platéia, que tentava a todo custo silenciar os animais, Maluf não se apertou:
-Não se preocupem, esses cães são petistas e tucanos. Estou acostumado.


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