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PAINEL
RENATA LO PRETE
painel@uol.com.br
Alguma luz
Num período em que as boas notícias têm sido todas
para o adversário, a campanha de Geraldo Alckmin se
animou com o resultado de pesquisa Vox Populi que o
coloca 11 pontos à frente de Lula em São Paulo. Segundo o levantamento, encomendado pelo PSDB nacional e registrado no TSE, o tucano tem 45% das intenções de voto no Estado que governou, contra 34% do
petista. O campo foi feito nos dias 14 e 15 de junho, período em que já tinha ido ao ar parte da propaganda
em televisão a que o partido teve direito este mês.
Semanas atrás, o Ibope havia indicado empate entre
Lula e Alckmin em São Paulo. Os tucanos sabem que,
sem vantagem folgada no Estado, não dá nem para
iniciar conversa, dada a dominância nacional de Lula.
Tudo menos isso. Tucanos ligados a Alckmin foram
ao desespero quando FHC pediu, na convenção de Serra,
que comparem seu governo
ao de Lula. Sabem que as pesquisas, hoje, indicam veredicto favorável ao petista.
Mosca azul. O grupo de
Aloysio Nunes Ferreira não
quer saber de Alberto Goldman como vice de Serra. Acha
que, no posto, o deputado trabalharia para ser o candidato
ao governo em 2010.
Negócios. Paulo Okamotto,
o "doador universal", aproveitou a convenção de Lula para
faturar. O presidente do Sebrae não saía da lojinha do PT,
cuja franquia é de sua família.
Pito. A militância gritou o
nome de Arlete Sampaio, candidata petista ao governo do
DF, quando o presidente do
PC do B, Renato Rabelo, foi
chamado a discursar na convenção. Ricardo Berzoini deu
bronca na galera, que protestava contra o pedido de apoio
do aliado a Agnelo Queiroz.
Bom tamanho. De petista inconformado com a demanda do PC do B: "Com nove deputados, eles têm a presidência da Câmara e um ministério. E ainda reclamam".
Nem vem. O PT gaúcho
reagiu à aproximação de Germano Rigotto (PMDB) com
Lula. "No Rio Grande do Sul, o
palanque do presidente é o de
Olívio Dutra", diz Henrique
Fontana. Para o deputado, o
objetivo do governador é forçar o PSDB a retirar a candidatura de Yeda Crusius.
Guarda-chuva. Jaques
Wagner fechou aliança com
seis partidos para disputar o
governo da Bahia. No palanque do petista estarão PMDB,
PC do B, PV, PTB, PSB e PMN,
o que deve lhe garantir tempo
de TV superior ao do governador Paulo Souto (PFL).
Quatro mãos. O PTB de
Armando Monteiro Neto indicou o deputado Augusto César, ex-prefeito de Serra Talhada, para vice de Humberto
Costa (PT) em Pernambuco.
As duas siglas trabalham juntas no programa de governo.
Tostines. Um mineiro analisa o dilema do PMDB no Estado: "Itamar Franco não
vence a convenção, mas ganharia a eleição para o Senado. Newton Cardoso vence a
convenção, mas perde a eleição". Se Newtão for confirmado, surgirão interessados em
entrar na disputa, entre eles
Virgílio Guimarães (PT).
Aliança tática. Na tentativa de fortalecer a posição tucano-pefelista em Santa Catarina, Jorge Bornhausen
apoiará a reeleição de Luiz
Henrique (PMDB). Adversários históricos, o presidente
do PFL e o governador se reaproximaram num ato de desagravo quando o primeiro foi
chamado de nazista pelo PT.
Vale-tudo 1. Senadores-candidatos pressionam Renan Calheiros para que a TV
da Casa reprise as sessões em
horário nobre. Alguns chegam a usar a tribuna três vezes na mesma sessão.
Vale-tudo 2. De um senador governista a assessor do
MEC: "Peça ao ministro para
ver o que é possível fazer pelo
Estado. De biblioteca a papel
higiênico, de carteira nova a
usada. Serve qualquer coisa".
Tiroteio
O PFL deveria ter aprendido que ataque nunca
ganhou eleição neste país. O que importa é o
preço da comida. É com isso que as
pessoas estão preocupadas.
Da ex-prefeita de São Paulo MARTA SUPLICY, na convenção nacional
do PT, sobre a estratégia da oposição para a campanha presidencial.
Contraponto
Bronca do técnico
Em viagem na sexta para Chapecó (SC), Lula se mostrava empolgado com a vitória do Brasil sobre o Japão, rasgando elogios a Juninho Pernambucano.
Quando bateu o olho na gravata do ministro das Cidades, Márcio Fortes, o presidente identificou figuras de jogadores. Observando mais atentamente, levou um susto:
-São jogadores com o uniforme da Argentina! Pode tirar essa gravata- brincou Lula.
Pego de surpresa e algo sem graça, Fortes, que não tinha outra gravata à mão, tratou de passar a bola para o
ministro do Desenvolvimento:
-A culpa não é minha. Foi presente do Furlan.
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