DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem que os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) em 2006 tinham o objetivo de enfraquecer sua candidatura à Presidência.
Segundo ele, o PCC não queria que ele fosse eleito presidente porque adotou, quando governador, medidas duras na área da segurança pública.
"Não tenho a menor dúvida quanto a isso, que tinha ali um viés de natureza eleitoral para desestabilizar minha candidatura", disse. Segundo ele, os criminosos, no Brasil, vêm demonstrando interesse em se infiltrar na política.
Alckmin comparou o PCC às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia): "As Farc iniciaram na política e migraram para o crime. No Brasil, você tem organizações criminosas migrando para a política". Ele disse que foi prejudicado pelo PCC, mas não tem provas concretas das intenções da facção. Segundo Alckmin, a experiência no governo de São Paulo lhe permitem fazer esta ilação.
Em Porto Alegre, onde participou de seminário do PSDB sobre segurança pública e de comemoração dos 19 anos do partido, Alckmin fez críticas a Lula. Ele lamentou o apagão aéreo e a demora para aprovar as reformas política e tributária.
(SIMONE IGLESIAS)


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