MÁRIO MAGALHÃES
da Sucursal do Rio

Com um PIB (soma da produção de bens e serviços) anual cerca de 55 vezes menor do que a Itália -US$ 20 bilhões contra US$ 1,1 trilhão-, Cuba ficou com a suíte presidencial do Rio Othon Palace, em Copacabana (zona sul do Rio), deixando um apartamento mais simples para o primeiro-ministro italiano, Massimo D'Alema.
O tamanho da delegação cubana, possivelmente a maior da Cimeira, sem contar a do Brasil, também é desproporcional à dimensão econômica do país: pelo menos 160 integrantes, mais que os 140 da comitiva francesa. No hotel, os cubanos têm três andares exclusivos, contra apenas um fechado aos italianos.
Curiosamente, o comunista Fidel Castro, presidente de Cuba, ficará mais bem acomodado, no 28º andar, do que o ex-comunista D'Alema, no 20º. Não houve sorteio. Cuba simplesmente fez a reserva antes. Empresários estrangeiros que estavam hospedados no hotel foram embora nos últimos dias, alegando medo de atentados.
Os cubanos vêm com grande delegação porque consideram o encontro um evento privilegiado para buscar contatos políticos e comerciais que amenizem o bloqueio dos EUA. Fidel chega amanhã, em horário propositalmente não divulgado, por motivo de segurança.


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