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Ex-presidente do BB deve ir para a Infraero
IURI DANTAS
FELIPE SELIGMAN
SHEILA D'AMORIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A saída de Waldir Pires
do ministério da Defesa
sepultou a permanência
do brigadeiro José Carlos
Pereira na presidência da
Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura
Aeroportuária), que administra os aeroportos.
A Folha apurou que o
presidente Luiz Inácio
Lula da Silva já apresentou ao novo ministro da
Defesa, Nelson Jobim, o
seu desejo de nomear Rossano Maranhão, ex-presidente do Banco do Brasil,
para a Infraero. Jobim vai
conversar com Maranhão
para acertar a nomeação.
Amigo de Lula, o brigadeiro José Carlos Pereira
foi informado ontem pelo
Planalto que deixará o cargo. No final da tarde, em
entrevista à Folha, ele não
confirmou sua substituição, mas falou como demissionário. "Tinha como
um dos meus projetos dar
uma limpeza na empresa,
mas não consegui nada
disso. Basicamente por
muita pressão política. Espero que quem assuma no
meu lugar consiga."
De acordo com o brigadeiro, sua gestão conquistou alguns avanços. "Consegui avançar em algumas
coisas, mas não culpo ninguém, não. De repente a
culpa foi minha mesmo."
Segundo apurou a Folha, Pereira tentou retirar
alguns superintendentes
do cargo, mas houve pedido do Planalto para que
eles permanecessem.
O superintendente de
Auditoria Interna, Carlos
Nivan Maia, disse que a
saída de Pereira e a permanência de acusados de corrupção em cargos-chave
da empresa "seria uma vitória da corrupção".
Antes da confirmação
de Rossano Maranhão para o novo cargo será preciso avaliar como se dará a
sua saída do Banco Safra,
onde trabalha hoje.
O próprio presidente
Lula procurou Maranhão,
antes mesmo de confirmar a ida de Jobim para a
Defesa. O presidente teria
recebido resposta positiva
e ainda na terça feira comunicou Jobim. O novo
ministro teria dito que
quer se reunir com Maranhão para discutir os últimos detalhes.
O nome de Maranhão
surgiu durante as discussões dentro do governo sobre a venda de parte das
ações da Infraero em Bolsa de Valores. Considerado técnico da área financeira, avalia-se que ele tem
credibilidade para promover uma mudança na gestão da estatal, adotando
padrões de governança semelhantes aos de empresas privadas e de públicas
como BB e Petrobras. Maranhão ocupou a presidência do BB entre o final
de 2004 e o final de 2006.
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