DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-senador José Serra se colocou ontem "à disposição" do PSDB para organizar e ajudar o partido rumo às eleições do ano que vem que, segundo ele, são fundamentais para que os tucanos possam voltar ao poder no governo federal em 2006.
"Agora eu estou retomando a vida partidária. Eu estou à disposição, como soldado, como companheiro, como militante para que a gente possa levar o nosso partido para cima", disse ele, em evento que comemorou os 15 anos do PSDB, em São Paulo.
Serra, candidato derrotado a presidente no ano passado, é apontado dentro do PSDB como o principal nome para assumir o comando da legenda no final do ano, quando se encerra o mandato do ex-deputado José Aníbal.
Tucanos que acompanharam o discurso do ex-senador ontem afirmaram acreditar que ele deu um recado claro de que pretende assumir o comando do partido. Outro postulante do cargo seria o senador Tasso Jereissati (CE).
Bem mais magro do que na época da campanha eleitoral, Serra não deu entrevistas. Fez um discurso de quase uma hora em que criticou o governo e disse que os tucanos são a grande alternativa de oposição ao presidente Lula.
Antes do discurso de Serra, Aníbal afirmou aos jornalistas que o ex-senador não irá concorrer à Prefeitura de São Paulo.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que o nome do candidato tucano a prefeito da capital só será conhecido no ano que vem. "Agora é hora de estruturar o partido", disse ele.
Questionado, o presidente estadual do PSDB, Edson Aparecido, anunciou a filiação à legenda do secretária estadual da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, apontado como um dos preferidos dos governador para a disputa com Marta Suplicy. (JAB)


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