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ELEIÇÕES 2006 / ESTADOS
Há irracionalidade em leis ambientais, diz Mercadante
Para petista, normas emperram interesses nacionais ao barrar obras estruturais
A engenheiros, candidato
defende mudanças na lei,
critica Ibama e afirma que
debate não pode ser guiado
por reflexões "medievais"
MATHEUS PICHONELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, criticou ontem o que
chamou de irracionalidade de
leis ambientais vigentes no
país. A declaração aconteceu
em debate, realizado na sede do
Instituto de Engenharia, em
São Paulo, sobre desenvolvimento sustentável, que reuniu
representantes de sindicatos
do setor de construção civil.
A idéia era que Mercadante
divulgasse suas idéias como
candidato, mas ele passou boa
parte do tempo respondendo a
perguntas na condição de senador e interlocutor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mercadante ouviu reivindicações e críticas, em especial sobre o rigor da legislação ambiental, lei de licitações e desempenho da economia no governo Lula.
O senador disse que há incompatibilidade entre os interesses do país e as exigências da
lei, que dispõe sobre sanções
penais e administrativas de atividades lesivas ao meio ambiente. "Temos que aprimorar
a legislação e as instituições. Há
um ambiente no Senado para
isso. Não pode haver uma reflexão medieval. Quantas obras
estruturantes foram paradas
por objeções ambientais?"
Mercadante disse ser legítima a preocupação com questões como o aquecimento global, mas citou como exemplo
obras que esbarraram em restrições ambientais, como a
construção do trecho sul do Rodoanel na capital, a aprovação
da Lei de Biossegurança e investimentos em um gasoduto
na bacia de Santos. "Houve discussão ambiental sobre se o gasoduto podia subir a serra ou
não. Tem energia melhor do
que o gás para preservar o oxigênio, o transporte urbano, a
indústria? É uma completa irracionalidade criar objeções."
O senador não citou a ministra Marina Silva (Meio Ambiente). Considerada defensora
dos ambientalistas, ela já foi alvo de críticas entre membros
do governo, que vêem na pasta
uma barreira para a consolidação de obras de infra-estrutura,
sobretudo no que se refere a investimento em energia.
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