São Paulo, quarta-feira, 26 de agosto de 2009

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Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

Memória seletiva

Embora o GSI diga que "as especificações do contrato" do sistema de segurança do Planalto impeçam o armazenamento de imagens por mais de 30 dias, é o próprio palácio, e não a empresa fornecedora dos equipamentos, quem gerencia o conteúdo gravado.
Adquirido por R$ 3,2 milhões em 2004 da Telemática, o sistema, com 225 câmeras, reúne o que há de mais moderno em tecnologia de segurança no país. Quem o conhece desconfia da explicação fornecida pelo GSI. Um dos motivos é que o prazo de 30 dias se refere apenas à memória de cada câmera, mas essa não é a única etapa de arquivamento dos dados, geralmente transferidos para outra plataforma.




Além da prancheta. No mesmo pacote, foram adquiridas da Telemática câmeras que fotografam a entrada de carros nas cancelas do palácio. Para deslocamentos em áreas consideradas restritas, são usados cartões com dados biométricos do portador.

Retiro. Nesta semana, Dilma Rousseff só está despachando em casa e sobre um único assunto: pré-sal, cujo marco regulatório será anunciado com pompa na segunda.

Nervos. Em meio ao acalorado bate-boca com Eduardo Suplicy (PT-SP) ontem no plenário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI) mandou que enviassem ao petista um copo de suco de maracujá.

Stand up. De um senador do bloco de apoio ao governo, sobre o cartão vermelho para Sarney exibido por Suplicy na tribuna: "São os movimentos históricos, individuais e sempre eficientes do Suplicy".

Menas. A primeira versão mostrada a Lula da carta em que pede que Aloizio Mercadante fique na liderança do PT continha mais elogios ao senador. O presidente pediu uma desidratada no texto.

Postal. Na passagem por São Bernardo do Campo, Lula foi conhecer o gabinete de Luiz Marinho (PT). Ao ver o imenso painel com foto da cidade ao fundo da sala, aproveitou para cutucar seu fotógrafo oficial, Ricardo Stuckert: "Bem que você podia fazer uma dessas em Brasília para mim!

Sondagem. Guido Mantega (Fazenda) telefonou para o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), para conversar sobre o pré-sal. Ouviu um pedido aberto pela compensação aos Estados produtores devido ao "impacto social e ambiental" da prospecção dos novos campos.

Pilatos. Ganhou força no grupo que finaliza os projetos do pré-sal a ideia de deixar a cargo do Congresso definir eventual compensação a Estados e municípios. "Isso é querer que esse debate empaque como a reforma tributária", protesta Hartung.

Leitura de bordo. Exemplares de "Companheiro Delúbio", a recém-lançada revista do tesoureiro do mensalão, foram distribuídos em quantidade generosa aos petistas que participaram, ontem no Congresso, do lançamento da candidatura de José Eduardo Dutra à presidência da sigla.

Piada pronta. Está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara um projeto do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) para estabelecer o "dia do quadrilheiro". Aquele que dança quadrilha, bem entendido.

Visitas à Folha. Ana Julia Carepa (PT), governadora do Pará, visitou ontem a Folha. Estava com os secretários Maurílio Monteiro (Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia), Aníbal Picanço (Meio Ambiente) e Paulo Roberto Ferreira (Comunicação) e com Jayme Brener, assessor.
Rodrigo Teles, diretor-geral do Instituto Endeavor, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Karen Kanaan, diretora de Comunicação, e Andréa Beer, assessora.


com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO

Tiroteio
Duvido que o PT peça meu mandato na Justiça. Aí haveria sentença provando que o partido traiu seu estatuto, e muitos poderiam sair.

Do senador FLÁVIO ARNS (PR), que anunciou sua saída do PT, sobre a ameaça da direção disposição da direção partidária de requerer seu mandato na Justiça Eleitoral.

Contraponto

Exclusividade perdida

No final da tarde de ontem, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, chegava ao Palácio da Alvorada para reunião com Lula quando foi abordado por um pequeno grupo de repórteres, que de imediato lhe perguntaram se o assunto do encontro era a liberação de emendas parlamentares, demanda permanente do Congresso.
-Não sei. O presidente me chamou, e eu vim- desconversou Paulo Bernardo, já seguindo seu caminho.
-O senhor fala com a gente na saída?
-Lógico- respondeu o ministro.
Ao que um dos repórteres emendou, preocupado:
-Não põe nada no Twitter, tá? Fala só com a gente...


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