São Paulo, quarta-feira, 26 de agosto de 2009

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PV vai rever programa para não atrapalhar campanha de Marina

DA REPORTAGEM LOCAL

Para evitar exposição de divergências entre PV e sua potencial candidata à Presidência, Marina Silva, sobre temas espinhosos como drogas e aborto, o partido decidiu não só revisar seu programa -como parte das negociações para a filiação-, de 1994, como elaborar outro texto, restrito aos quatro anos de mandato da Presidência.
O programa poderá apresentar a ideia de um debate internacional sobre descriminalização da maconha, mas a proposta ficará fora do programa de Marina, porque a discussão exigiria tempo e não dependeria apenas do governo brasileiro.
Sobre a legalização do aborto, Marina poderá evocar questões de consciência. "Quem decide sobre essas questões é o Congresso", disse, na madrugada de segunda para terça-feira, após reunião com a cúpula do PV.
O PV criará hoje uma coordenação nacional com 21 integrantes, dez indicados por Marina. Ela assinará a ficha de filiação domingo, em São Paulo.
Na reunião, Marina e a cúpula do PV traçaram como estratégia a busca de apoio na sociedade, incluindo a possível filiação do escritor Paulo Coelho e a entrada de Augusto Cury.
A escolha de um vice entre empresários, do perfil de Guilherme Leal (Natura) e Roberto Klabin (SOS Mata Atlântica), contempla essa estratégia.
Ontem, em seminário em São Paulo, Marina classificou como atrasada a política ambiental. "Falta o governo se colocar de forma estratégica. A sustentabilidade é o desafio deste século e não é uma discussão de verde pelo verde, como dizem os desinformados."
Sobre deputados e senadores, ela subiu o tom. "O Congresso está atrasado anos luz".


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