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PV vai rever programa para não atrapalhar campanha de Marina
DA REPORTAGEM LOCAL
Para evitar exposição de divergências entre PV e sua potencial candidata à Presidência,
Marina Silva, sobre temas espinhosos como drogas e aborto, o
partido decidiu não só revisar
seu programa -como parte das
negociações para a filiação-,
de 1994, como elaborar outro
texto, restrito aos quatro anos
de mandato da Presidência.
O programa poderá apresentar a ideia de um debate internacional sobre descriminalização da maconha, mas a proposta ficará fora do programa de
Marina, porque a discussão exigiria tempo e não dependeria
apenas do governo brasileiro.
Sobre a legalização do aborto,
Marina poderá evocar questões
de consciência. "Quem decide
sobre essas questões é o Congresso", disse, na madrugada de
segunda para terça-feira, após
reunião com a cúpula do PV.
O PV criará hoje uma coordenação nacional com 21 integrantes, dez indicados por Marina. Ela assinará a ficha de filiação domingo, em São Paulo.
Na reunião, Marina e a cúpula do PV traçaram como estratégia a busca de apoio na sociedade, incluindo a possível filiação do escritor Paulo Coelho e a
entrada de Augusto Cury.
A escolha de um vice entre
empresários, do perfil de Guilherme Leal (Natura) e Roberto
Klabin (SOS Mata Atlântica),
contempla essa estratégia.
Ontem, em seminário em
São Paulo, Marina classificou
como atrasada a política ambiental. "Falta o governo se colocar de forma estratégica. A
sustentabilidade é o desafio
deste século e não é uma discussão de verde pelo verde, como dizem os desinformados."
Sobre deputados e senadores, ela subiu o tom. "O Congresso está atrasado anos luz".
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