São Paulo, quarta-feira, 26 de setembro de 2001 |
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CÂMARA Comissão quer que tucano revele empreiteiro que teria apontado extorsão CPI das obras é alvo de sindicância
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A Câmara criou ontem uma comissão de sindicância para apurar as acusações de extorsão feitas por empreiteiras contra o presidente da CPI instalada para investigar obras inacabadas, Damião Feliciano (PMDB-PB), e quer ouvir o líder do PSDB, deputado Jutahy Júnior (BA). Líderes partidários e o corregedor da Câmara, deputado Barbosa Neto (PMDB-GO), pressionam para que Jutahy revele o nome do empreiteiro que fez a acusação. "Se ele não fizer isso, o processo poderá ser arquivado. Se não aparecer testemunha nem denúncia concreta, o processo vai acabar em nada", afirmou Barbosa Neto. Jutahy disse que foi procurado em 14 de setembro por um empreiteiro em Salvador que lhe falou da suposta tentativa de extorsão. Segundo o líder, o empreiteiro disse que lhe teria sido pedido R$ 1,5 milhão por um representante da comissão para que sua empresa não fosse investigada. "A pessoa me contou sob a condição de não ter seu nome revelado." Jutahy afirma que posteriormente procurou o empresário, mas ele não concordou em contar sua história publicamente. Damião nega as acusações e diz que está sendo vítima por estar investigando casos de corrupção. Ontem, os líderes dos partidos de oposição se reuniram e pediram a formação da comissão de sindicância em lugar de delegar a tarefa só à corregedoria da Casa. "Está evidente que teve problema na CPI", disse o líder do PT na Câmara, Walter Pinheiro (BA). As suspeitas de extorsão deram amparo aos líderes partidários para, na semana passada, negar prorrogação à CPI, que segue até 9 de outubro. (DM) Texto Anterior: O preço da fama: Oposição hostiliza Tebet no Congresso Próximo Texto: TCU diz que há 121 obras com irregularidades Índice |
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