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Na CCJ, deputado questiona se Nonô pode concorrer
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A principal candidatura de
oposição à presidência da Câmara, de José Thomaz Nonô
(PFL-AL), está sendo contestada do ponto de vista jurídico.
Por já ser presidente de fato da
Casa (assumiu com a renúncia
de Severino Cavalcanti), Nonô
estaria impedido de concorrer
à reeleição, como determina a
Constituição.
Uma questão de ordem foi
apresentada a respeito e já foi
indeferida pelo próprio Nonô,
na semana passada. O autor do
questionamento, deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
recorreu à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que
deve decidir o assunto hoje ou
amanhã. O presidente da CCJ é
Antonio Biscaia (PT-RJ).
Ligado ao ex-governador fluminense Anthony Garotinho, o
deputado Eduardo Cunha tem
dito a correligionários que pretende ir até o Supremo Tribunal Federal se não obtiver sucesso na CCJ.
No caso de conseguir alguma
decisão a favor de sua tese, é
possível que a eleição de quarta-feira tenha de ser, no mínimo, adiada por alguns dias.
A Constituição permite que
um presidente da Câmara ou
do Senado se reeleja quando há
uma mudança de legislatura.
Por exemplo, se Severino permanecesse no cargo até o final
de seu mandato, poderia voltar
reeleito deputado federal em
2007 e disputar mais dois anos
como presidente da Casa.
Uma possível solução para
Nonô seria o pefelista renunciar ao cargo de presidente da
Câmara. Mas há quem diga que
o efeito desse ato seria nulo,
pois o candidato da oposição já
exerceu a função na atual legislatura.
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