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"Candidatura de Aldo é
imposta", diz Dornelles
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ex-ministro do Trabalho, da
Fazenda e da Indústria e Comércio, o deputado Francisco Dornelles (PP-RJ), 71, reconhece três erros no mandato de seu correligionário Severino Cavalcanti (PP-PE): falar em excesso, intrometer-se em assuntos alheios e sentir-se
forte demais. Apesar disso, diz
que quer seu apoio e afirma que
pode reunir apoios na base governista e na oposição. Descarta
apoiar Aldo Rebelo (PC do B-SP).
Folha - O sr. é o candidato de Severino?
Dornelles - O meu partido colocou meu nome e eu aceitei. Gostaria muito de receber o apoio do
presidente Severino, por quem tenho o maior apreço.
Folha - Como avalia sua gestão?
Dornelles - Ele democratizou
muito a Câmara, mas cometeu
três erros: falar demais, se meter
na área dos outros e achar que está forte demais.
Folha - O governo gostaria que o
sr. retirasse a candidatura e
apoiasse a de Aldo. O sr. cogita a
possibilidade?
Dornelles - A candidatura do Aldo é imposta de cima para baixo, e
os partidos têm dificuldade em
absorvê-lo, em que pesem as qualidades individuais do Aldo.
Folha - O sr. não vai retirar?
Dornelles - Isso não cabe a mim,
é uma decisão do partido.
Folha - O sr. pode ter de presidir a
cassação do presidente do PP, Pedro Corrêa, e do líder da sua bancada, José Janene. O sr. teria isenção?
Dornelles - Qualquer presidente
da Câmara vai presidir processo
de cassação. Meu partido tem
pessoas que podem ser cassadas,
mas quase todos têm. Vou presidir a Casa como um magistrado.
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