São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 2005

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"Candidatura de Aldo é imposta", diz Dornelles

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ex-ministro do Trabalho, da Fazenda e da Indústria e Comércio, o deputado Francisco Dornelles (PP-RJ), 71, reconhece três erros no mandato de seu correligionário Severino Cavalcanti (PP-PE): falar em excesso, intrometer-se em assuntos alheios e sentir-se forte demais. Apesar disso, diz que quer seu apoio e afirma que pode reunir apoios na base governista e na oposição. Descarta apoiar Aldo Rebelo (PC do B-SP).
 

Folha - O sr. é o candidato de Severino?
Dornelles -
O meu partido colocou meu nome e eu aceitei. Gostaria muito de receber o apoio do presidente Severino, por quem tenho o maior apreço.

Folha - Como avalia sua gestão?
Dornelles -
Ele democratizou muito a Câmara, mas cometeu três erros: falar demais, se meter na área dos outros e achar que está forte demais.

Folha - O governo gostaria que o sr. retirasse a candidatura e apoiasse a de Aldo. O sr. cogita a possibilidade?
Dornelles -
A candidatura do Aldo é imposta de cima para baixo, e os partidos têm dificuldade em absorvê-lo, em que pesem as qualidades individuais do Aldo.

Folha - O sr. não vai retirar?
Dornelles -
Isso não cabe a mim, é uma decisão do partido.

Folha - O sr. pode ter de presidir a cassação do presidente do PP, Pedro Corrêa, e do líder da sua bancada, José Janene. O sr. teria isenção?
Dornelles -
Qualquer presidente da Câmara vai presidir processo de cassação. Meu partido tem pessoas que podem ser cassadas, mas quase todos têm. Vou presidir a Casa como um magistrado.


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