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NORDESTE
Em nota, governo diz repudiar uso eleitoral do Bolsa Família
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em nota divulgada ontem,
um dia após a Folha ter revelado o uso do Bolsa Família
como nova modalidade de
cabresto eleitoral, o Ministério do Desenvolvimento Social pediu "cuidado" aos gestores municipais e afirmou
que "repudia qualquer uso
eleitoral" do principal programa de transferência de
renda do governo.
"Tentativas de troca de votos com promessas de inscrição da família no Cadastro
Único ou pressões para votações em determinados candidatos para não perderem o
benefício configuram crime
eleitoral", declara, em nota,
o ministério.
"É preciso zelar para que
também durante as eleições
municipais o Programa Bolsa Família seja preservado e
se destine única e exclusivamente à proteção das famílias mais pobres e vulneráveis", completa o texto.
Matéria de anteontem da
Folha revelou que candidatos a prefeito e a vereador de
cidades nordestinas têm usado o Bolsa Família de duas
maneiras. Eles oferecem um
cartão de beneficiário aos
eleitores em troca do voto e
também ameaçam -as pessoas só permaneceriam no
programa se determinado
político fosse eleito.
A base de dados para a seleção dos beneficiários é controlada pelos municípios.
Nas últimas três semanas, a
Folha encontrou casos de
uso eleitoral do Bolsa Família no interior do Ceará e do
Piauí e ouviu denúncias informais no Rio Grande do
Norte, na Paraíba e na Bahia.
Para o Ministério do Desenvolvimento Social, "a inclusão no programa é um direito de todas as famílias que
atendem ao critério do programa, independente da filiação partidária do prefeito". A pasta tem orientado as
famílias a encaminharem as
denúncias ao Ministério Público e à Justiça Eleitoral.
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