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Tratamento de ministra está "encerrado", diz médico
DA REPORTAGEM LOCAL
O oncologista responsável
pelo tratamento que a ministra
Dilma Rousseff (Casa Civil) iniciou em abril contra um câncer
linfático disse ontem que os
exames realizados por ela na
quinta-feira mostram que não
há mais evidência da doença e
que o tratamento terminou.
"Ela está sem evidência de
doença e com risco baixíssimo
de a doença retornar a longo
prazo", disse Paulo Hoff. "O
tratamento está encerrado."
O médico evitou, entretanto,
usar a palavra cura -em tratamentos de câncer, em geral espera-se cinco anos sem o reaparecimento da doença para decretar a cura total.
"Se você perguntar a minha
opinião, [digo que] eu acho que
ela provavelmente está curada", afirmou o médico. Ele
comparou a convicção de que
um câncer não retornará com a
certeza de que uma pessoa
nunca será atropelada ao atravessar a rua. "Acidentes acontecem", disse.
Hoff voltou a dizer que o fato
de o nódulo ter sido descoberto
em estágio muito inicial foi determinante para o bom resultado no tratamento e uma possível cura total.
A ministra realizou exames
na tarde de quinta-feira, quando ficou mais de três horas no
hospital Sírio-Libanês, em São
Paulo. Na quinta pela manhã,
afirmou à imprensa que poderia fazer um anúncio sobre o
fim do tratamento após passar
por uma avaliação médica. Ela
esperava ter que realizar mais
exames na próxima semana.
Segundo o oncologista, isso não
será necessário.
Dilma descobriu em março,
durante exame de rotina, um
nódulo na axila esquerda. Após
retirá-lo, passou por sessões de
quimioterapia e radioterapia.
Ela deverá passar por avaliações trimestrais até completar
um ano do final do tratamento,
no próximo ano.
(ANA FLOR)
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