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"A crise é no PT, não no governo", afirma pedetista
da Sucursal do Rio
Leia, a seguir, trechos da entrevista de ontem do governador
Anthony Garotinho (PDT):
Pergunta - Há uma crise no governo do Rio?
Anthony Garotinho - Não há
crise no governo. A crise é no PT.
Não tentem transferir para o governo do Estado uma crise que é
de um partido que integra uma
aliança com o governo do Estado.
O problema não é com o PT, é
com o deputado Carlos Santana.
Pergunta - Mas o sr. chamou o
PT de "Partido da Boquinha"...
Anthony Garotinho - O que eu
disse eu repito aqui. A conduta
desse grupo ligado ao Carlos Santana é uma conduta fisiológica,
quando eu disse essa frase, e repito, eu disse: "Eles deviam sair do
PT e ir para o Partido da Boquinha". Eu não disse o PT, eu disse
"esses seguidores"... Hoje eu falei
ao telefone com o presidente José
Dirceu, do PT. Disse a ele que,
quando eu disse que o PT tinha
elementos fisiológicos e que determinados grupos do PT ficariam melhor no PB, o "Partido da
Boquinha", eu não estava me referindo ao PT como um todo. Eu
estava me referindo, como me referi, àqueles grupos especificamente.
Pergunta - A frente de oposição não fica ferida?
Garotinho - Absolutamente. Ele
(Dirceu) compreendeu minhas
palavras. Eu não posso aceitar a
dubiedade do deputado Carlos
Santana. Publicamente, ele dizia:
"Nós entregamos os cargos, e o
governador decide". Não. A minha decisão eu já tomei. Não posso admitir dentro do governo esse
tipo de "Ah, eu obedeço a fulano...". Aqui não tem tendência.
Aqui é governo do Estado do Rio
de Janeiro.
Pergunta - A aliança permanece?
Garotinho - Pelo meu desejo,
permanece. A aliança com esse
PT que tem uma postura construtiva permanece. Eu atrasei (a entrevista) com vocês porque estava
numa reunião com o Banco Mundial e o secretário Jorge Bittar. Eu
estou implantando o Banco do
Povo, o orçamento participativo
(propostas petistas). A aliança
com o PT não foi fisiológica, foi
programática.
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