São Paulo, segunda-feira, 26 de outubro de 2009

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outro lado

Empresas negam fraude e defendem programa federal

DA REPORTAGEM LOCAL
DO ENVIADO AO MARANHÃO

A Cemar (Companhia Energética do Maranhão) e a Eletrobrás negaram a existência de qualquer tipo de fraude no programa Luz para Todos, do governo federal.
Sobre as 13 mil ligações (de um total de 103 mil) que teriam sido feitas a menos, a concessionária maranhense afirma que existe uma "diferença natural entre executar a obra e prestar contas à Eletrobrás", estatal responsável pelo programa.
Segundo a Cemar, "tão logo a ligação é concluída, o domicílio é computado no Luz Para Todos", mas isso só ocorre na Eletrobrás após detalhamento de gastos e pagamentos de fornecedores.
Com base em números de agosto deste ano, a Cemar informa que, entre 2004 e 2009, interligou ao sistema elétrico do Maranhão 199.098 domicílios por meio do Luz para Todos.
"Deste montante, a companhia já prestou contas à Eletrobrás de 187.613", afirma a estatal.
A respeito de ter eletrificado 1.578 casas a mais do que o previsto, porém com a instalação de 77 mil postes a menos, a companhia alega que encontrou uma "maior densidade de consumidores", o que levou à alegada economia de material.
"Neste contrato, o custo médio de cada ligação foi de R$ 3.148,00, sendo que a previsão era de R$ 5.858,00", afirma a Cemar.
A empresa argumenta ainda que devolveu R$ 21 milhões à Eletrobrás.
Ainda conforme a Cemar, a Ducol Engenharia, cujo proprietário é amigo da família Sarney, "é apenas uma entre 48 empresas atualmente ativas que executam serviços" do programa.
A Eletrobrás corrobora os números da Cemar sobre os contratos e descarta deficiências na fiscalização, "feita com base em processo amostra".
O presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz, negou que o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) faça tráfico de influência na estatal.
O filho do senador diz que não comenta assunto de investigações sigilosas feitas pela Polícia Federal.
Já o diretor José Jorge Soares e o empresário Henry Duailibe Filho não telefonaram de volta até o encerramento desta edição. (FM e HC)


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