São Paulo, domingo, 26 de novembro de 2000

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OUTRO LADO

Coordenador diz que alternativa está em estudo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Integrante do grupo de estudo que analisa alternativas ao Prodea, o secretário-executivo do programa Comunidade Solidária, Osmar Terra, disse que as famílias que recebem atualmente as cestas "não deverão ficar" sem ter o que comer com o fim do programa.
"O Prodea cumpriu um papel importante, mas, ainda que mate a fome, não responde à necessidade crescente de geração de renda e de postos de trabalho nos municípios mais pobres", resumiu.
"Estamos procurando uma solução que atenda a essas necessidades", afirmou.
Na última sexta-feira, o governo cogitou até de lançar mão da reserva de contingência do Orçamento -uma reserva para gastos emergenciais- para financiar um período de transição e evitar a suspensão brusca do programa.
O Prodea é um dos programas da agenda básica da Comunidade Solidária, a principal frente de combate à pobreza do governo federal. O governo vinha investindo na substituição gradual dessa agenda básica pelo programa Comunidade Ativa. Trata-se de uma mudança de estratégica, de tentar substituir políticas assistencialistas por projetos de desenvolvimento das regiões mais pobres do país.
Segundo Osmar Terra, o governo ainda não definiu um substituto para o Prodea nem de onde sairá o dinheiro para financiar uma eventual alternativa, já que não há previsão de gastos nesse tipo de programa no projeto de Orçamento da União para 2001.
"Vai se ver uma forma de alocar recursos", disse, depois de mais uma reunião sobre o tema na Casa Civil da Presidência da República na última sexta-feira. "O grupo estuda uma saída que apresente uma relação custo-benefício social melhor", completou.
Terra não informou por que o governo decidiu cortar as verbas do Prodea ao encaminhar o projeto de lei orçamentária de 2001 ao Congresso antes mesmo de definir uma alternativa ao programa.


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