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OUTRO LADO
Coordenador diz que alternativa está em estudo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Integrante do grupo de estudo que analisa alternativas ao
Prodea, o secretário-executivo
do programa Comunidade Solidária, Osmar Terra, disse que
as famílias que recebem atualmente as cestas "não deverão
ficar" sem ter o que comer com
o fim do programa.
"O Prodea cumpriu um papel importante, mas, ainda que
mate a fome, não responde à
necessidade crescente de geração de renda e de postos de trabalho nos municípios mais pobres", resumiu.
"Estamos procurando uma
solução que atenda a essas necessidades", afirmou.
Na última sexta-feira, o governo cogitou até de lançar
mão da reserva de contingência do Orçamento -uma reserva para gastos emergenciais- para financiar um período de transição e evitar a
suspensão brusca do programa.
O Prodea é um dos programas da agenda básica da Comunidade Solidária, a principal frente de combate à pobreza do governo federal. O governo vinha investindo na substituição gradual dessa agenda
básica pelo programa Comunidade Ativa. Trata-se de uma
mudança de estratégica, de
tentar substituir políticas assistencialistas por projetos de desenvolvimento das regiões
mais pobres do país.
Segundo Osmar Terra, o governo ainda não definiu um
substituto para o Prodea nem
de onde sairá o dinheiro para
financiar uma eventual alternativa, já que não há previsão de
gastos nesse tipo de programa
no projeto de Orçamento da
União para 2001.
"Vai se ver uma forma de alocar recursos", disse, depois de
mais uma reunião sobre o tema
na Casa Civil da Presidência da
República na última sexta-feira. "O grupo estuda uma saída
que apresente uma relação custo-benefício social melhor",
completou.
Terra não informou por que
o governo decidiu cortar as
verbas do Prodea ao encaminhar o projeto de lei orçamentária de 2001 ao Congresso antes mesmo de definir uma alternativa ao programa.
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