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Governo suspendeu distribuição
DA REDAÇÃO
Após a crise provocada pela
desvalorização do real, em janeiro
de 1999, o governo federal reduziu
quase à metade as verbas para o
programa de distribuição de cestas básicas a famílias carentes.
As verbas destinadas ao Prodea
(Programa de Distribuição de Estoques de Alimentos) caíram de
R$ 97 milhões em 1998 para R$
48,4 milhões em 1999, e os 1.353
municípios atendidos pelo Comunidade Solidária deixaram de
receber R$ 0,07 diários por aluno
matriculado no ensino fundamental para melhorar a merenda.
O dinheiro para as cestas básicas durou até junho. Em julho, em
plena seca no Nordeste, a Conab
interrompeu a distribuição de 1,7
milhão de cestas por mês, prejudicando 8,6 milhões de pessoas.
Nessa mesma época, o presidente Fernando Henrique Cardoso passou a criticar a distribuição
de cestas. No dia 2 de julho, FHC
condenou o assistencialismo e
classificou como "vergonha" o fato de o governo continuar a ter o
programa de cestas.
"Nós não podemos continuar a
ter o programa de cestas básicas
indefinidamente. Isso é uma vergonha", disse o presidente
Em setembro, quando a suspensão da distribuição foi noticiada, o governo voltou a providenciar cestas básicas para famílias
carentes do Rio Grande do Sul,
depois de três meses de suspensão, mas com quantidade de alimentos menor (só 11 quilos).
O governo federal só voltou a
regularizar a distribuição de cestas no final de outubro. A quantidade de alimentos, porém, diminuiu bastante: a cesta padrão, que
tinha 25 quilos de comida em
1997, caiu para 19 quilos em 1998 e
passou a ter 16 quilos em 1999.
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