São Paulo, domingo, 26 de novembro de 2000

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Governo suspendeu distribuição

DA REDAÇÃO

Após a crise provocada pela desvalorização do real, em janeiro de 1999, o governo federal reduziu quase à metade as verbas para o programa de distribuição de cestas básicas a famílias carentes.
As verbas destinadas ao Prodea (Programa de Distribuição de Estoques de Alimentos) caíram de R$ 97 milhões em 1998 para R$ 48,4 milhões em 1999, e os 1.353 municípios atendidos pelo Comunidade Solidária deixaram de receber R$ 0,07 diários por aluno matriculado no ensino fundamental para melhorar a merenda.
O dinheiro para as cestas básicas durou até junho. Em julho, em plena seca no Nordeste, a Conab interrompeu a distribuição de 1,7 milhão de cestas por mês, prejudicando 8,6 milhões de pessoas.
Nessa mesma época, o presidente Fernando Henrique Cardoso passou a criticar a distribuição de cestas. No dia 2 de julho, FHC condenou o assistencialismo e classificou como "vergonha" o fato de o governo continuar a ter o programa de cestas.
"Nós não podemos continuar a ter o programa de cestas básicas indefinidamente. Isso é uma vergonha", disse o presidente
Em setembro, quando a suspensão da distribuição foi noticiada, o governo voltou a providenciar cestas básicas para famílias carentes do Rio Grande do Sul, depois de três meses de suspensão, mas com quantidade de alimentos menor (só 11 quilos).
O governo federal só voltou a regularizar a distribuição de cestas no final de outubro. A quantidade de alimentos, porém, diminuiu bastante: a cesta padrão, que tinha 25 quilos de comida em 1997, caiu para 19 quilos em 1998 e passou a ter 16 quilos em 1999.


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