São Paulo, domingo, 26 de novembro de 2000

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Índio realiza intercâmbio

DA REDAÇÃO
DA AGÊNCIA FOLHA


Como comunidade, as decisões dos iauanauás são tomadas em conjunto. Foi senso comum dos índios escolher Joaquim Tashka Yawanawá, 27, para representar a etnia internacionalmente.
Há dois anos e meio, ele ganhou uma bolsa para estudar inglês nos Estados Unidos. Durante esse tempo, Tashka teve a oportunidade de fazer intercâmbio com outras nações indígenas.
Ele conheceu diversas cidades norte-americanas, viajou para Canadá, Venezuela e México, sempre auxiliando o trabalho de diversas etnias, como os tepehuanos (mexicanos).
Em 99, Tashka fundou o Nawa Institute (http://www.agamanawa.com). "Nawa é uma palavra iauanauá que significa diferentes povos. O instituto tem a missão servir de instrumento para o fortalecimento, preservação e proteção do conhecimento indígena."
Em parceria com a rádio KTAO (em Taos, Novo México/EUA), o Nawa Institute transmite, às quintas-feiras, o programa "Indigenous Voices" (Vozes Indígenas).
"Temos entrevistas, tocamos música tradicional e temos noticiário dos últimos acontecimentos sobre a temática indígena ao redor do mundo."
O instituto planeja para fevereiro um encontro de jovens indígenas e não-indígenas das Américas, em Rio Branco.
"Apesar de estar morando em Taos, meu coração vive no fundo da mata. Vivendo fora do Brasil aprendi a valorizar mais a minha cultura e a cultura brasileira."
Tashka é casado com uma índia mixteca (mexicana). (NM e SM)


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