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Petrobras adapta ações antigas para Fome Zero
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A maior estatal do país, a Petrobras, também teve de se adaptar
para ajudar no programa prioritário do governo federal. Para isso, criou o Programa Petrobras
Fome Zero.
O nome é novo, mas trata-se
apenas da reunião de programas
sociais que já eram realizados pela
empresa antes do anúncio feito
pelo governo, em 1º de setembro
passado.
De acordo com José Carlos Vidal, consultor da presidência da
empresa e coordenador do Petrobras Fome Zero, os programas
"foram convertidos para se adequar aos princípios do Fome Zero". Ou seja, foram feitas algumas
modificações em programas já
existentes.
A empresa enviou à Folha um
documento com o andamento
dos programas do Petrobras Fome Zero. Dos 16 programas citados, 14 já existiam antes do anúncio oficial. A Petrobras aprovou
R$ 303 milhões para os programas para serem gastos até 2006, e
deve fechar este ano com cerca de
R$ 50 milhões gastos.
Em seu discurso de 1º de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva não tratou de metas específicas para o Petrobras Fome Zero. Ele mencionou, entretanto,
uma delas: o uso da água encontrada em poços de prospeção de
petróleo abandonados. "No dia
em que vocês reabrirem esse poço
[um poço na cidade de Mossoró
(RN)], aí eu quero ter o prazer de
estar lá para apertar um botão",
declarou.
Essa atividade está no documento recebido pela Folha como
estando relacionado à agricultura
familiar. O programa se chama
Molhar a Terra.
O programa previa que 50 poços começariam a ser recuperados até o início de dezembro.
Não há números conhecidos do
que foi executado. O poço de
Mossoró foi inaugurado no dia 19
de dezembro.
Outros programas listados como fazendo parte do Petrobras
Fome Zero tratam de combater a
prostituição infantil, criar oportunidades de trabalho para deficientes e de formação profissional para jovens, entre outros temas.
(HUMBERTO MEDINA)
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