São Paulo, terça-feira, 27 de janeiro de 2004

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Senador se diz mais livre para ser provocador

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Cristovam Buarque (PT-DF) deixou o Ministério da Educação dizendo que está "mais livre" para ser um "provocador" e já provou isso ontem mesmo. Criticou a paralisação na Casa Civil de projetos enviados em 2003 e disse que José Dirceu, titular da pasta, seria "primeiro-ministro".
"Algumas dessas coisas [projetos], segundo estudos da Casa Civil, precisariam de reforma da Constituição. Se a gente reformou a Constituição para tirar direito de velhinhos aposentados, pode também reformar para dar direito a criancinhas sem escola", afirmou ele, demitido por telefone na sexta, quando estava em Portugal.
Cristovam se referia a projeto que prevê a possibilidade de a escola pública dar vagas a crianças a partir dos quatro anos. Em entrevista à Folha de manhã, Cristovam já havia criticado a Casa Civil. Informada, a assessoria da pasta não respondeu.
Questionado sobre o que achava de Dirceu cumprir uma "agenda de presidente", Cristovam afirmou: "De presidente, não. Digamos que, no máximo, de primeiro-ministro". O titular da Casa Civil se encontrou ontem com os novos ministros.
Já Cristovam se reuniu com seu substituto, Tarso Genro, que o elogiou. Hoje será a transmissão de cargo.


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