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Senador se diz mais livre para ser provocador
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Cristovam
Buarque (PT-DF) deixou o
Ministério da Educação dizendo que está "mais livre"
para ser um "provocador" e
já provou isso ontem mesmo. Criticou a paralisação
na Casa Civil de projetos enviados em 2003 e disse que
José Dirceu, titular da pasta,
seria "primeiro-ministro".
"Algumas dessas coisas
[projetos], segundo estudos
da Casa Civil, precisariam de
reforma da Constituição. Se
a gente reformou a Constituição para tirar direito de
velhinhos aposentados, pode também reformar para
dar direito a criancinhas sem
escola", afirmou ele, demitido por telefone na sexta,
quando estava em Portugal.
Cristovam se referia a projeto que prevê a possibilidade de a escola pública dar vagas a crianças a partir dos
quatro anos. Em entrevista à
Folha de manhã, Cristovam
já havia criticado a Casa Civil. Informada, a assessoria
da pasta não respondeu.
Questionado sobre o que
achava de Dirceu cumprir
uma "agenda de presidente", Cristovam afirmou: "De
presidente, não. Digamos
que, no máximo, de primeiro-ministro". O titular da
Casa Civil se encontrou ontem com os novos ministros.
Já Cristovam se reuniu
com seu substituto, Tarso
Genro, que o elogiou. Hoje
será a transmissão de cargo.
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