São Paulo, quinta-feira, 27 de janeiro de 2005 |
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TODA MÍDIA Nelson de Sá Alegria, alegria
Para a Globo, o Fórum Social se confunde com
Woodstock. Num dos relatos da
abertura, ontem:
Páginas e mais páginas Os jornais franceses, como esperado, publicaram três, quatro reportagens cada um, sobre Porto Alegre. O "Le Monde" deu até artigo de Lula, "traduzido do inglês". O "Libération" fez editorial. Mas a coisa toda não se restringiu à França. Mais do que em fóruns sociais passados, o deste ano ocupou páginas do "New York Times", que adiantou seu texto anteontem no site, ao "La Vanguardia", de Barcelona -sem contar as publicações de países emergentes e outros. Em muitas das reportagens, o destaque foi que Lula é mais bem-vindo em Davos, para o Fórum Econômico, do que em Porto Alegre. Na televisão globalizada, em contraposição, pouco tempo para Porto Alegre e toda a atenção para Davos. Os canais de notícia CNN, BBC e Fox News entraram ao vivo com o pronunciamento do primeiro-ministro britânico Tony Blair, que defendeu a reaproximação dos EUA com o restante do mundo. Sobre pobreza, pouca coisa. O presidente francês, Jacques Chirac, cancelou a viagem à Suíça e fez sua mensagem por videoconferência. Antes no JN Definitivamente, a "discrição" ficou para trás na diplomacia brasileira. Primeira manchete do JN, ontem: - Os pedidos para a libertação do brasileiro seqüestrado recebem reforço. Desta vez, o craque Ronaldo. Primeiro ele pediu "piedade" na Globo, só depois na Al Jazira, aos interessados. Lá atrás O mexicano "La Crónica de Hoy" destacou quase sozinho, ontem, o levantamento da consultoria Miftosky sobre os chefes de governo com maior aprovação, no mundo. Na América Latina, Lula, que liderava a relação no ano anterior, caiu para o novo lugar. Na frente está o presidente do Panamá. O argentino Néstor Kirchner é o terceiro. O foco E vem aí, daqui a menos de um mês, mais um encontro mundial -com Lula lá. "A presença de Brasil, África do Sul, Índia" e outros países em desenvolvimento na reunião do G7, o grupo dos países mais industrializados, indica que "o desenvolvimento e não a política monetária será o foco das discussões", avaliava a agência Dow Jones, ontem. Donna No "Miami Herald", também ontem, a ex-embaixadora dos EUA Donna Hrinak avaliava que o convite do G7 "é reconhecimento concreto do papel de liderança a que o Brasil aspira legitimamente". "Por tempo demais, os protagonistas do mundo descuidaram do Brasil como ator global", completou Hrinak. Texto Anterior: Fórum vê fome como maior problema Índice |
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