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DIÁRIO DE DAVOS
CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL
SEGREGAÇÃO
Klaus Schwab, presidente e
criador do Fórum Econômico Mundial, se viu obrigado
ontem a emitir nota para informar que não teve conhecimento prévio de artigo publicado na "Global Agenda",
a revista dos encontros
anuais, sob o título "Boicote
a Israel".
É proposta de Mazin Qumsiyeh, defensor dos direitos
palestinos e que trabalhou
nas universidades Duke e
Yale.
Argumento do palestino:
"Se o apartheid era um problema na África do Sul, por
que é uma solução em Israel/Palestina?".
Os países ocidentais decretaram boicote à África do Sul
enquanto o apartheid estava
em vigor.
TIETAGEM EXPLÍCITA
Congestionamento de gente nas escadas que levam ao
andar de baixo de Davos
(embora Davos não tenha
andar de baixo no conceito
Elio Gaspari): ninguém descia nem subia enquanto a
atriz Angelina Jolie não saía
da sala em que participava de
debate. Gente rica e poderosa
também é tiete.
Mais tarde, quando os jornalistas brasileiros deixavam
a entrevista com Amorim, eis
que aparece la Jolie, tailleur
café-com-leite, barriguinha
de grávida. Assustou-se com
o assédio do onipresente Sérgio Girz e com centenas de
olhos que a procuravam.
Tentou uma porta, estava
trancada, outra, idem.
Até achar uma que lhe permitisse escapar dos olhares.
FRIO SEM PAISAGEM
Congestionamento também de carros na Promenade, a principal
via de Davos, assim que terminaram as sessões de ontem, por volta
das 18h30, horário local. As medidas de segurança tomadas por
conta do evento, que reúne autoridades e celebridades de todo o
mundo, provocam retenções. Os carros não andam, obrigando famosos (e não-famosos, então, mais ainda) a caminhar sob um frio
de -16C. Mas sem uma mísera gota de neve até agora.
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