São Paulo, segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006

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CARLOS MUND

Ex-corregedor ataca "pobreza" da instituição

DA REPORTAGEM LOCAL

Ex-corregedor-geral de Justiça de São Paulo, Carlos Henrique Mund, 55, é considerado o candidato mais polêmico da disputa.
Em 1998, Mund pediu a absolvição do coronel da reserva da PM Ubiratan Guimarães do caso conhecido como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos. Em 2005, defendeu a inocência do promotor Thales Schoedl, acusado de homicídio.
Mund, que começou sua carreira no Corpo de Bombeiros da PM e ingressou no Ministério Público em 1982, diz que uma de suas metas é moralizar a instituição.
 

Folha - Por que o sr. quer chefiar o Ministério Público?
Carlos Henrique Mund -
Porque a instituição precisa se modernizar, ter uma atitude mais propositiva e ir ao encontro dos excluídos. O promotor pertence a uma carreira de Estado e tem direito a uma estrutura compatível com sua importância. Defendo um suporte logístico melhor.

Folha - Como o sr. avalia a gestão realizada por Pinho?
Mund -
Com toda franqueza, os erros que eu possa apontar não engrandecem a minha biografia.

Folha - O que é tão ruim?
Mund -
Sou o único dos candidatos que colocou o pé na estrada. Descobri um Ministério Público pobre no aspecto material.

Folha - O sr. responde a uma representação na Corregedoria?
Mund -
Investiguei um promotor "intocável" [José Carlos Blat, do caso da Favela Naval] e fui representado pelo ex-sogro dele, também investigado. Fui representado por alguém que investiguei. Apurei fatos graves, relatei tudo e enviei ao Pinho, que arquivou.

Folha - Mas parte das acusações foram arquivadas pelo senhor.
Mund -
Sim, sem dúvida, mas, veja bem, arquivei fatos menores, os mais graves o Pinho arquivou.


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