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CARLOS MUND
Ex-corregedor ataca "pobreza" da instituição
DA REPORTAGEM LOCAL
Ex-corregedor-geral de Justiça
de São Paulo, Carlos Henrique
Mund, 55, é considerado o candidato mais polêmico da disputa.
Em 1998, Mund pediu a absolvição do coronel da reserva da PM
Ubiratan Guimarães do caso conhecido como massacre do Carandiru, que resultou na morte de
111 presos. Em 2005, defendeu a
inocência do promotor Thales
Schoedl, acusado de homicídio.
Mund, que começou sua carreira no Corpo de Bombeiros da PM
e ingressou no Ministério Público
em 1982, diz que uma de suas metas é moralizar a instituição.
Folha - Por que o sr. quer chefiar o
Ministério Público?
Carlos Henrique Mund - Porque a
instituição precisa se modernizar,
ter uma atitude mais propositiva e
ir ao encontro dos excluídos. O
promotor pertence a uma carreira
de Estado e tem direito a uma estrutura compatível com sua importância. Defendo um suporte
logístico melhor.
Folha - Como o sr. avalia a gestão
realizada por Pinho?
Mund - Com toda franqueza, os
erros que eu possa apontar não
engrandecem a minha biografia.
Folha - O que é tão ruim?
Mund - Sou o único dos candidatos que colocou o pé na estrada.
Descobri um Ministério Público
pobre no aspecto material.
Folha - O sr. responde a uma representação na Corregedoria?
Mund - Investiguei um promotor "intocável" [José Carlos Blat, do
caso da Favela Naval] e fui representado pelo ex-sogro dele, também investigado. Fui representado por alguém que investiguei.
Apurei fatos graves, relatei tudo e
enviei ao Pinho, que arquivou.
Folha - Mas parte das acusações
foram arquivadas pelo senhor.
Mund - Sim, sem dúvida, mas,
veja bem, arquivei fatos menores,
os mais graves o Pinho arquivou.
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