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São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 2003

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BAHIAGATE

Delegado da Polícia Federal vai prestar depoimento hoje no Senado

PT defende que conselho ouça ACM

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A bancada do PT no Senado decidiu ontem que, além do delegado da Polícia Federal Gesival Gomes de Souza, que vai depor hoje às 10h no Conselho de Ética, vai defender que o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e outros dois jornalistas também dêem o depoimento.
Souza é o delegado responsável pelo inquérito sobre os grampos telefônicos na Bahia que investiga se há indícios de envolvimento de ACM. O conselho quer apurar se há indícios suficientes para abertura de processo por quebra de decoro contra o senador.
A posição fechada ontem pelo PT é contrária à defendida pelo PFL. Como os conselheiros não esperam que Souza antecipe a conclusão do seu inquérito, a maior expectativa deles é em torno dos depoimentos dos jornalistas da "IstoÉ" Weiller Diniz e Luiz Cláudio Cunha, que afirmam ter provas testemunhais e materiais contra o senador baiano.
Eles deverão ser ouvidos na próxima semana, embora o PFL vá insistir na tese de que o conselho aguarde o resultado do inquérito policial para prosseguir as investigações. Segundo pefelistas, o delegado poderá dizer que concluirá o inquérito em 15 dias.
Os petistas decidiram sugerir ao relator da sindicância no conselho, Geraldo Mesquita Júnior (PSB-AC), que convide os jornalistas a depor na próxima semana. Depois, o senador baiano, encerrando os depoimentos nesta fase preliminar de apuração. Para o PT, os depoimentos de Diniz e Cunha serão decisivos para convencer os conselheiros de que há elementos para abrir um processo de cassação contra ACM.
Os jornalistas se comprometeram a apresentar no conselho uma fita com suposta conversa gravada do senador baiano com um deles. Segundo senadores que tiveram acesso ao conteúdo, ACM não faria uma confissão, mas, indiretamente, se comprometeria com os grampos. O relator negou que participe de um acordo para esfriar a apuração.


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