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BAHIAGATE
Delegado da Polícia Federal vai prestar depoimento hoje no Senado
PT defende que conselho ouça ACM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A bancada do PT no Senado decidiu ontem que, além do delegado da Polícia Federal Gesival Gomes de Souza, que vai depor hoje
às 10h no Conselho de Ética, vai
defender que o senador Antonio
Carlos Magalhães (PFL-BA) e outros dois jornalistas também
dêem o depoimento.
Souza é o delegado responsável
pelo inquérito sobre os grampos
telefônicos na Bahia que investiga
se há indícios de envolvimento de
ACM. O conselho quer apurar se
há indícios suficientes para abertura de processo por quebra de
decoro contra o senador.
A posição fechada ontem pelo
PT é contrária à defendida pelo
PFL. Como os conselheiros não
esperam que Souza antecipe a
conclusão do seu inquérito, a
maior expectativa deles é em torno dos depoimentos dos jornalistas da "IstoÉ" Weiller Diniz e Luiz
Cláudio Cunha, que afirmam ter
provas testemunhais e materiais
contra o senador baiano.
Eles deverão ser ouvidos na próxima semana, embora o PFL vá
insistir na tese de que o conselho
aguarde o resultado do inquérito
policial para prosseguir as investigações. Segundo pefelistas, o delegado poderá dizer que concluirá o
inquérito em 15 dias.
Os petistas decidiram sugerir ao
relator da sindicância no conselho, Geraldo Mesquita Júnior
(PSB-AC), que convide os jornalistas a depor na próxima semana.
Depois, o senador baiano, encerrando os depoimentos nesta fase
preliminar de apuração. Para o
PT, os depoimentos de Diniz e
Cunha serão decisivos para convencer os conselheiros de que há
elementos para abrir um processo
de cassação contra ACM.
Os jornalistas se comprometeram a apresentar no conselho
uma fita com suposta conversa
gravada do senador baiano com
um deles. Segundo senadores que
tiveram acesso ao conteúdo,
ACM não faria uma confissão,
mas, indiretamente, se comprometeria com os grampos. O relator negou que participe de um
acordo para esfriar a apuração.
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