São Paulo, sexta-feira, 27 de março de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Juiz pede bloqueio de contas de doleiros e executivos no exterior

DA REPORTAGEM LOCAL

O juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, pediu o bloqueio internacional de eventuais contas bancárias ligadas aos doleiros e aos executivos da empreiteira Camargo Corrêa presos na Operação Castelo de Areia.
Por meio das interceptações telefônicas e de e-mails, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal descobriram supostas remessas ilegais de valores para o banco Commerzbank, de Frankfurt (Alemanha), para o banco Hyposwiss Private Bank, de Zurique (Suíça), para o Israel Discount Bank, de Jerusalém (Israel) e para o Banco de Fomento, de Luanda (Angola).
O pedido de bloqueio foi feito pelo magistrado por meio do Ministério da Justiça do Brasil.
No Brasil, De Sanctis determinou ainda a quebra dos sigilos bancário e fiscal, dos últimos cinco anos, de todos os investigados.
O juiz decretou também o bloqueio integral dos valores depositados em contas correntes e aplicações.
Foi decretado ainda o sequestro de um apartamento, em São Paulo, em nome do suposto doleiro Kurt Paul Pickel, que foi preso anteontem, acusado de ser o responsável pelas eventuais operações ilícitas atribuídas à construtora Camargo Corrêa.

Cautela
No documento em que determina as prisões, as buscas e as quebras de sigilo, o magistrado informou que as medidas são necessárias para o aprofundamento das investigações e, como cautela, para eventual restituição em caso de prejuízo aos cofres públicos.
"Os magistrados criminais, sem exceção, [são] verdadeiros "juízes de garantia", não podem deixar de cumprir a Constituição e as leis do país, decretando ou negando a decretações de prisões, de quebras e ou de buscas e apreensões", disse o juiz De Sanctis.
As medidas atingiram os diretores presos Pietro Francesco Giavina Bianchi, Fernando Dias Gomes, Dárcio Brunato, Raggi Badra Neto, as secretárias Darcy Flores Alvarenga e Marisa Berti Iaquinto e os supostos doleiros Kurt Paul Pickel, Maristela Brunet, José Diney Matos e Jadair Fernandes de Almeida. Também abrangem as empresas consideradas de fachada.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Empresa doou R$ 50 mil para Tuma Júnior
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.