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Lula elogia Chávez e acha possível criar banco sul-americano até 2010
Instituição teria US$ 7 bilhões para financiar investimentos na América Latina
DO ENVIADO AO CHILE
Ao encerrar ontem à noite o
Fórum Econômico Mundial da
América Latina, em Santiago,
capital do Chile, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva pregou a criação de um banco internacional de fomentos para
os países da América do Sul.
O banco, a ser implantado até
o fim de seu mandato, em 2010,
seria o embrião de um banco
central do Mercosul e de uma
moeda única para a América
Latina, segundo integrantes da
comitiva de Lula. "Iniciativas
inovadoras são um passo para a
criação de um banco sul-americano de desenvolvimento", disse Lula, que discursou ao lado
de sua colega Michele Bachelet.
O banco, discutido em duas
reuniões de Lula com Bachelet,
teria US$ 7 bilhões iniciais para
investimentos e serviria para
reduzir a dependência latino-americana em relação ao FMI e
ao Banco Mundial.
Em uma solenidade no Palácio La Moneda, Lula se derramou em elogios a seu colega
Hugo Chávez, que propôs a
criação do Banco do Sul. No dia
20, porém, o ministro Guido
Mantega (Fazenda) tinha feito
restrições ao projeto: "O Brasil
não vai aderir a nada. O Brasil
não é um país que adere. O Brasil participa, elabora junto ou
não. Vou conversar com Lula".
Ontem, Lula disse que Chávez está mudando a história da
Venezuela e tem aprovação de
seu povo. Acrescentou que não
existe "chavismo" na América
do Sul. Segundo ele, os presidentes de esquerda no continente têm de recuperar décadas "em que o povo pobre foi submetido à fome e à miséria."
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