|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PSB deve anunciar hoje que não lançará candidato à Presidência
Em SP, PT tenta retirar Skaf da disputa contra Mercadante; socialistas resistem
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
A cúpula do PSB se reúne hoje e, independentemente do resultado da consulta feita aos
Estados, vai anunciar que o deputado federal Ciro Gomes não
será candidato a presidente da
República. Até ontem à noite,
vários Diretórios Estaduais
ainda não tinham enviado a
resposta sobre a candidatura.
Para não adiar a retirada de
Ciro da disputa, a Executiva do
partido preferiu mudar o discurso. Antes usada como "álibi"
para o apoio ao PT de Dilma
Rousseff, agora a consulta é
classificada apenas como um
"subsídio a mais". "A decisão é
autônoma, única e exclusiva da
Executiva. O levantamento é
apenas mais um subsídio", disse o vice-presidente nacional
do PSB, Roberto Amaral.
Ciro não deve comparecer à
reunião de hoje. "Seria muito
desagradável para ele", resumiu Amaral. Já o presidente da
legenda, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos,
chega a Brasília hoje de manhã.
Na semana passada, o PSB
entregou ao coordenador político da campanha de Dilma,
Fernando Pimentel, uma lista
de exigências para um acordo
nacional. Ontem, o líder do governo na Câmara, deputado
Cândido Vaccarezza (PT-SP),
disse que esses acordos podem
não sair. "Isso é meio esquisito.
O PT não tem o comando sobre
todas as legendas. Se tivéssemos, os cenários em muitos Estados seriam diferentes", disse.
O senador e pré-candidato
petista ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, afirmou que espera ter o apoio do
PSB, que lançou a pré-candidatura do presidente da Fiesp,
Paulo Skaf. "Se o PSB quiser vir
para a coligação, será muito
bem recebido", disse Mercadante à Rádio Bandeirantes.
Mesmo diante do cortejo do
PT, o PSB ainda resiste em
abrir mão de lançar Skaf e negociar sua indicação como vice
de Mercadante. "A possibilidade de o Skaf ser vice do Mercadante hoje é a mesma de o Mercadante ser vice dele", disse o
deputado Márcio França.
O PSB negocia o apoio do PC
do B e o do PR. "Se fecharem
com a gente, PC do B e PR elegem um deputado federal com
80 mil votos. Se fecharem com
eles [PT] vão precisar de 130
mil eleitores para fazer um deputado", argumenta França.
"Temos pesquisas que mostram que 65% dos paulistas
gostam do jeito tucano de governar. 31% do eleitorado vota
com eles [PSDB], mas outros
34% gostariam de experimentar alguma coisa nova. Esses
votos não vão migrar direto para o PT", disse o deputado, para
justificar o espaço para a candidatura de Skaf.
(MARIA CLARA CABRAL e DANIELA LIMA)
Texto Anterior: Campanha: Senadora quer montar comitês para imigrantes nos EUA Próximo Texto: Jornalismo: Cobertura da Copa é tema de aula amanhã Índice
|