São Paulo, domingo, 27 de maio de 2007

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Dono de empreiteira se nega a depor; irmão dele é liberado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O empresário Zuleido Veras, dono da Gautama e acusado de ser principal operador de uma organização que fraudava licitações pagando propina a políticos, se recusou a depor à ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, e voltou à carceragem da superintendência da PF em Brasília.
Os advogados de Zuleido entraram ontem com pedido de habeas corpus para que ele, Maria de Fátima Palmeira e Vicente Coni, ambos funcionários da Gautama, fossem soltos.
Segundo a assessoria do STF, o pedido de Coni não seria analisado pelo ministro Gilmar Mendes, presidente interino do tribunal. Ainda segundo a assessoria, Mendes não recebeu o pedido dos outros dois até o fechamento desta edição.
A recusa do empresário em depor fez a ministra mudar de planos e convocar os outros setes presos, que deveriam ser ouvidos só na segunda-feira.
Liberado após depor, Dimas Veras, irmão de Zuleido, deixou tribunal ontem no início da noite e não quis se manifestar.
Maria de Fátima, acusada de ser a responsável pelo pagamento de propina a políticos em Brasília, não foi liberada, após mais de oito horas de depoimento. Antes de voltar à carceragem, ela precisou ser atendida por uma equipe médica por causa de um "problema de pressão". Uma ambulância foi chamada para a realização de um eletrocardiograma.
Advogados da Gautama consideraram uma "injustiça" manter Zuleido e Fátima na prisão. "Não há nenhum motivo e nenhum pressuposto para a prisão preventiva", disse a advogada Sônia Rao. Das 48 pessoas presas, 39 foram liberadas. (FELIPE SELIGMAN)


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