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Senado aprova fundo
de combate à pobreza
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Senado aprovou ontem o
projeto de lei que regulamenta o
Fundo de Combate e Erradicação
da Pobreza, que vai destinar cerca
de R$ 4 bilhões anuais até 2010 a
programas assistenciais, entre
eles o Bolsa-Escola.
O projeto foi aprovado por 57
votos a favor e 3 contra, dos senadores Geraldo Cândido (PT-RJ),
Lauro Campos (sem partido-DF)
e Heloísa Helena (PT-AL).
Com a sanção da nova lei, o governo poderá aplicar em programas de combate à pobreza cerca
de R$ 500 milhões que já estão
disponíveis. São recursos relativos a 0,08% da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) recolhidos desde
março. Mas a aplicação desse recurso só poderá ser feita a partir
de 19 de junho de 2002, segundo
determina a regulamentação.
A alíquota da CPMF foi aumentada de 0,30% para 0,38% justamente para destinar a diferença
ao fundo, criado a partir de proposta do ex-senador Antonio
Carlos Magalhães (PFL-BA).
A votação dividiu a oposição.
Marina Silva (PT-AC) considerou
os recursos ""insuficientes". Segundo ela, seriam necessários pelo menos R$ 35 bilhões.
Heloísa Helena justificou o voto
contrário alegando falhas na proposta, entre elas a falta de fixação
de percentuais a serem aplicados
em programas específicos de
combate à fome.
Além da CPMF, o fundo é constituído por seis outras fontes de
receita, entre elas uma alíquota
adicional de cinco pontos percentuais no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de produtos supérfluos.
Uma das críticas feitas pela oposição foi que caberá ao presidente
da República a indicação dos
membros do conselho do fundo.
Havia uma emenda da oposição
que mudava esse critério, dando
representação paritária entre
membros do Executivo e da sociedade no conselho. Mas as emendas da oposição foram rejeitadas.
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