São Paulo, quarta-feira, 27 de junho de 2001

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Oposição espera 30 mil em marcha dos 100 mil

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Organizada para levar 100 mil manifestantes a Brasília, a oposição realiza hoje a marcha "Uma Luz para o Brasil", a qual deve reunir cerca de 30 mil pessoas, segundo expectativa dos próprios patrocinadores do evento.
Com a marcha, os partidos de oposição vão começar a recolher assinaturas para um novo pedido de CPI mista da corrupção.
Ao contrário do anterior, que previa investigação de mais de dez temas, o pedido vai reunir três itens: o financiamento das agências de fomento -como as antigas Sudam e Sudene-, as privatizações e o sistema financeiro.
No caso das privatizações, a oposição espera investigar o ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira. No item reservado ao sistema financeiro, os partidos esperam apurar o socorro aos bancos Marka e FonteCindam, durante a desvalorização do real em 1999.
A oposição conta com a mobilização popular para pressionar os congressistas a assinar o pedido de CPI. A expectativa do ato, no entanto, acabou sendo menor do que a prevista.
Inicialmente, os partidos falaram em repetir a marcha dos 100 mil, realizada em agosto de 1999. Ontem, os organizadores da marcha previam a chegada a Brasília, a partir da manhã de hoje, de cerca de 28 mil manifestantes de outros Estados.
"Não estamos trabalhando com números", afirmou a presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) do Distrito Federal, Érika Kokay, uma das entidades que participam da manifestação.
O protesto foi organizado por cerca de 12 entidades, incluindo centrais sindicais e organizações estudantis, e conta ainda com o apoio de instituições como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
O líder do governo no Congresso, deputado Arthur Virgílio (PSDB-AM), afirmou que a manifestação não preocupa o governo. "Sempre dizem que vem mais gente do que realmente aparece", afirmou o líder governista.


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