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Presidente cobra divulgação de
participação federal em obras
da Agência Folha, em São Luís
O presidente Fernando Henrique Cardoso cobrou de prefeitos e
governadores aliados a divulgação
da participação federal em obras
que o governo vem fazendo em
parceria com essas administrações
nas cidades e nos Estados.
"Não é o governo que faz (a
obra). Ele repassa o dinheiro para
a prefeitura, mas a placa que aparece é da prefeitura, do governo do
Estado. Mas quem deu o recurso,
fez a programação, foi o governo
federal", disse.
A entrevista de FHC, de Brasília,
foi gravada anteontem e divulgada
ontem pela manhã na rádio Educadora, da Rede Católica de Rádio,
no Maranhão.
Segundo o presidente, a não-divulgação do governo federal nas
obras acontece porque o governo
"é uma abstração, é Brasília.
Ninguém sabe o que estamos fazendo aí (no caso da entrevista, o
Maranhão)".
A queixa já havia sido feita por
outros tucanos nesta semana.
"Bons aliados'
O presidente disse esperar que
durante a campanha seus "bons
aliados" divulguem a participação
federal nessas obras.
Como "bom aliado", ele citou
a governadora Roseana Sarney
(PFL-MA), 45, que teve sua candidatura à reeleição homologada
ontem.
Em relação às obras citou também, por duas vezes, o caso do
Maranhão. "Nós estamos fazendo as principais estradas do Estado".
Há dois meses, o PPB do senador
Epitácio Cafeteira - principal adversário de Roseana- acusou a
governadora de estar assumindo
sozinha a construção de estradas
sem a divulgação da parceria com
o governo federal.
O PPB é um dos partidos que
apóia FHC, assim como o PFL.
O presidente afirmou que, durante a campanha, Roseana vai dizer que "isso aqui é obra do governo federal e do estadual".
Educação e saúde
O presidente também rebateu
críticas à sua política social. Na
área da saúde, disse que "os gastos foram dobrados". "A Educação é a mesma coisa".
Segundo ele, o único indicador
social que preocupa é o "desemprego, que é um problema mundial". Para FHC, "essa oposição
que votou contra as reformas, enganando o povo, tem de ser castigada nas urnas".
Ele disse não temer um eventual
segundo turno com o candidato
da frente de esquerda à Presidência da República, o petista Luiz
Inácio Lula da Silva.
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