São Paulo, sábado, 27 de junho de 1998

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Presidente cobra divulgação de participação federal em obras

da Agência Folha, em São Luís

O presidente Fernando Henrique Cardoso cobrou de prefeitos e governadores aliados a divulgação da participação federal em obras que o governo vem fazendo em parceria com essas administrações nas cidades e nos Estados.
"Não é o governo que faz (a obra). Ele repassa o dinheiro para a prefeitura, mas a placa que aparece é da prefeitura, do governo do Estado. Mas quem deu o recurso, fez a programação, foi o governo federal", disse.
A entrevista de FHC, de Brasília, foi gravada anteontem e divulgada ontem pela manhã na rádio Educadora, da Rede Católica de Rádio, no Maranhão.
Segundo o presidente, a não-divulgação do governo federal nas obras acontece porque o governo "é uma abstração, é Brasília. Ninguém sabe o que estamos fazendo aí (no caso da entrevista, o Maranhão)".
A queixa já havia sido feita por outros tucanos nesta semana.

"Bons aliados'
O presidente disse esperar que durante a campanha seus "bons aliados" divulguem a participação federal nessas obras.
Como "bom aliado", ele citou a governadora Roseana Sarney (PFL-MA), 45, que teve sua candidatura à reeleição homologada ontem.
Em relação às obras citou também, por duas vezes, o caso do Maranhão. "Nós estamos fazendo as principais estradas do Estado".
Há dois meses, o PPB do senador Epitácio Cafeteira - principal adversário de Roseana- acusou a governadora de estar assumindo sozinha a construção de estradas sem a divulgação da parceria com o governo federal.
O PPB é um dos partidos que apóia FHC, assim como o PFL.
O presidente afirmou que, durante a campanha, Roseana vai dizer que "isso aqui é obra do governo federal e do estadual".

Educação e saúde
O presidente também rebateu críticas à sua política social. Na área da saúde, disse que "os gastos foram dobrados". "A Educação é a mesma coisa".
Segundo ele, o único indicador social que preocupa é o "desemprego, que é um problema mundial". Para FHC, "essa oposição que votou contra as reformas, enganando o povo, tem de ser castigada nas urnas".
Ele disse não temer um eventual segundo turno com o candidato da frente de esquerda à Presidência da República, o petista Luiz Inácio Lula da Silva.



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