DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Após almoço com o ministro Pedro Malan (Fazenda), o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, aprovou a extensão do acordo do Brasil com o FMI (Fundo Monetário Internacional). "É uma medida correta porque não implica nenhum sacrifício adicional para o Brasil."
À saída do Ministério da Fazenda, onde almoçou com o titular da Pasta, Serra tomou o cuidado de falar sempre na condicional. "Se houver uma extensão do acordo", repetia o tucano a cada momento, mas sempre com a convicção de quem já conhecia os termos da negociação.
Segundo Serra, a extensão do acordo é correta também porque dará maior segurança econômica ao país no futuro, inclusive nessa fase de transição eleitoral: "Todo mundo sabe que a campanha eleitoral, pela incerteza do resultado, gera nervosismo, inclusive no ambiente internacional a respeito da economia brasileira", disse o presidenciável.
Após destacar que já se pronunciara favoravelmente a um entendimento de transição com o FMI, Serra disse: "Agora, o importante é que qualquer acordo que se faça, qualquer extensão do acordo, inclusive com o FMI, possa melhorar essa segurança [da economia" sem ter sacrifícios adicionais para a economia brasileira".
O candidato tucano disse que acredita ser possível a extensão do acordo sem a imposição de sacrifícios adicionais. "Isso é fundamental", acrescentou.
Após a reunião com Malan, Serra voltou para São Paulo, onde participaria de reuniões políticas, segundo sua assessoria.
Embora diga o contrário, o presidenciável tucano tem acompanhado passo a passo as negociações do governo com o FMI.
Para não atrapalhar as conversas, Serra apoiou, inclusive, o aumento da meta de superávit primário de 3,5% para 3,75% determinada pelo governo para 2002, embora ele próprio afirme que não há desequilíbrio fiscal que justifique a atual onda especulativa no mercado.


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