São Paulo, sábado, 27 de julho de 2002

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SEGURANÇA

Paulo de Tarso, da Justiça, deve se reunir com diretor-geral da PF para falar sobre dificuldades da corporação

Ministro deve tratar de carências da PF

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Paulo de Tarso Ramos Ribeiro (Justiça) vai chamar, na próxima segunda-feira, o diretor-geral da Polícia Federal, Armando de Assis Possa, para uma conversa sobre as carências da corporação na Amazônia.
O ministro viajou ontem para Belém (PA) para tratar de assuntos pessoais, segundo sua assessoria de imprensa.
Antes de se reunir com Possa, o ministro deve obter com técnicos do ministério informações sobre a situação administrativa da PF na Amazônia, como pessoal, orçamento e material disponível.
A Folha revelou em sua edição de ontem que a PF não tem condições de atender às atribuições que possui na área.
O superintendente em exercício em Manaus (AM), João Carlos de Albuquerque Valença, disse que enfrenta casos de "sexo, drogas e "rock and roll'" no Estado.
Com a inauguração anteontem de 75% da capacidade do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia), as responsabilidades da PF aumentam. O sistema foi planejado para acompanhar as operações aéreas sobre a floresta amazônica. A empresa americana Raytheon venceu o processo de compra dos equipamentos, no valor de R$ 1,4 bilhão.
Uma rede de radares, postos de vigilância e aviões será capaz de rastrear até mesmo a presença de um homem na mata. A ausência de policiais federais compromete a eficácia do sistema.
Há, hoje, um destacamento de cem homens, dois aviões e um barco na superintendência da PF de Manaus, segundo o superintendente em exercício. Seriam necessários cinco aeronaves, 420 pessoas e nove embarcações para que o trabalho fosse realizado plenamente. Até o momento, dois agentes estão destinados à operação do Sivam.
Procurada pela Folha, a diretoria-geral da PF não quis se manifestar sobre as declarações de Valença ou sobre o déficit de equipamentos e pessoal no Estado.
De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, Armando de Assis Possa ainda não tinha posição formada sobre as declarações de Valença até o fechamento da edição.


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