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São Paulo, domingo, 27 de julho de 2003

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PAINEL

Causa perdida
Discretamente, ministros dos tribunais superiores já estão analisando propostas para a criação de fundos de previdência complementar. Oficialmente, no entanto, o Judiciário ainda acredita na manutenção da integralidade de salário para os futuros magistrados na reforma.

Calculadora na mão
Nas últimas semanas, ministros do STJ conversaram com consultores privados. Fizeram simulações para magistrados federais com carteiras dos bancos HSBC e ABN Amro Bank. E gostaram dos resultados.

Outros tempos
Walter Pinheiro (PT-BA) tem circulado pela Câmara com uma foto da sessão de 2 de dezembro de 98, quando a taxação de inativos foi derrubada pelos deputados. Na imagem, José Dirceu, José Genoino, João Paulo e Jaques Wagner comemoravam.

Pressão total
Cerca de 2.000 servidores públicos vão intensificar o corpo-a-corpo com deputados na próxima semana para convencê-los a votar contra a reforma da Previdência de Lula. Planejam se dividir para particularizar a pressão, procurando parlamentares em seus próprios gabinetes.

Projeto afago
Líderes governistas estão defendendo que o Planalto prometa ao funcionalismo público conceder em 2004 um aumento maior do que os 2% previstos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias do ano que vem. A fim de tentar aplacar os ânimos contra a reforma da Previdência.

Missão externa
Uma força-tarefa formada pela CPI do Banestado, Ministério Público e Itamaraty irá no início de agosto aos EUA explicar os objetivos da investigação e pedir a liberação dos depósitos de brasileiros em bancos americanos.

Espaço garantido
Celso Amorim (Relações Exteriores) instituiu uma cota de deficientes físicos entre os funcionários das empresas terceirizadas contratadas pelo ministério.

Palco anti-Lula
O PSDB-SP propôs a José Serra realizar um grande jantar em agosto para marcar a sua volta ao Brasil. No evento, um encontro de prefeitos, seriam comemorados os 15 anos do partido.

Sinal amarelo
Pesquisas internas do Planalto mostram que a popularidade de Lula caiu um pouco em julho, mês considerado particularmente infeliz para o governo. Os principais focos de desgaste foram as invasões rurais e urbanas, as idas e vindas das reformas e a oposição de servidores.

Saco de bondades
O Planalto avalia que Lula continua de bem com a opinião pública. Mas ordenou a ministros da área social que preparem imediatamente um pacote de medidas populares para retomar a curva ascendente.

Pronto-socorro
Convidado por Humberto Costa (Saúde), Eduardo Jorge, ex-secretário de Marta Suplicy (PT-SP) que deixou o cargo brigado com a prefeita, será o coordenador da Conferência Nacional de Saúde, prevista para a primeira semana de dezembro.

Só na teoria
Aldo Rebelo (PC do B-SP), líder do governo Lula na Câmara, deixa em sua mesa de trabalho os quatro volumes das "Obras Escolhidas" de Mao Tsé-tung. Conta que recorre ao livro durante os momentos de crise.

Amigo fraterno
Em reunião dias atrás com a bancada do PPS, Lula pediu a Átila Lins (AM) um pé e um cacho de guaraná. Quer enviá-lo de presente a Fidel Castro.

Geração saúde
Lula tem o hábito de pedir em suas viagens internacionais que duas esteiras ergométricas sejam colocadas na suíte do hotel -uma para ele e outra para Marisa. Requisita também uma máquina de café expresso.

TIROTEIO

De João Alves (PFL), governador de Sergipe, criticando a condução econômica da administração Lula:
-A reforma tributária como está é pífia. E a queda de 1,5 ponto da taxa de juros, francamente, foi insignificante.

CONTRAPONTO

Gosto não se discute

No início do ano passado, o PFL se reuniu no Palácio do Jaburu para discutir o rumo do partido na eleição presidencial. Debatiam qual o nome que a sigla deveria apoiar para a sucessão de Fernando Henrique.
Alguns defendiam o apoio a José Serra, na esteira da dobradinha PSDB-PFL. Outros, que não podiam nem ouvir falar no nome do tucano, achavam que o partido deveria apoiar Ciro Gomes. Houve até quem sugerisse Lula como alternativa aos pefelistas.
A discussão prosseguiu por horas. Mas não havia consenso.
Jaime Lerner, que governava o Estado do Paraná, tentou uma solução:
-Como nós não estamos conseguindo teorizar a respeito desse tema, vamos agir por instinto mesmo.
Não deu outra. Cada líder pefelista fez campanha para quem tinha mais afinidade.


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