São Paulo, sexta-feira, 27 de agosto de 2004

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Maluf promete obras de R$ 2,37 bi

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato a Prefeitura de São Paulo pelo PP, Paulo Maluf, apresentou ontem um conjunto de propostas viárias que, de acordo com ele, irão acabar com os congestionamentos e diminuir o índice de desemprego na cidade. São 31 intervenções em diferentes regiões da capital paulista estimadas em R$ 2,37 bilhões.
Na contabilidade de Maluf, as obras poderiam gerar até 150 mil empregos durante os próximos quatro anos de governo.
Questionado sobre a origem dos recursos, Maluf disse que irá aplicar "bem" o Orçamento da cidade. "Quando eu fui prefeito [1993-1996], tinha um orçamento menor e mudei a cara da cidade. A prefeita Marta [Suplicy] tinha o dobro e não fez nada".
É justamente no quesito obras públicas que Maluf encontra hoje suas maiores dificuldades. O Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual e a Polícia Federal investigam o suposto superfaturamento de obras na gestão dele e o envio de milhões de dólares para paraísos fiscais -o ex-prefeito nega as acusações.
O projeto apresentado por Maluf inclui complexos viários, pontes, viadutos e passagens subterrâneas. No entanto, entre as 31 intervenções propostas, nenhuma contempla exclusivamente o transporte coletivo.
Na concepção do candidato, é natural investir em obras viárias para carros, já que "todo mundo quer ter um [carro]". "Carro é a liberdade de você ir e vir, fundamental inclusive para os direitos humanos da pessoa."
Algumas propostas apresentadas: urbanização de córregos na zona leste, com obras viárias e de saneamento (R$ 349 milhões em 36 meses); prolongamento da marginal Pinheiros, entre a ponte João Dias e a avenida Interlagos (R$ 57 milhões em 18 meses) e construção de um estacionamento de 30 mil metros quadrados perto do estádio do Morumbi (R$ 38 milhões em seis meses).
Engenheiro por formação, Maluf escolheu o Instituto de Engenharia de São Paulo para apresentar o projeto. Cerca de 80 pessoas acompanharam o ato, entre assessores políticos, correligionários, jornalistas e engenheiros.
(LILIAN CHRISTOFOLETTI)


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