São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007

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Toda Mídia

Nelson de Sá

De Fidel a Raúl

Fidel assinou nova coluna no "Juventud Rebelde", enquanto o "Granma" trazia de manchete "O sonho cumprido de entrevistar Fidel", sobre um livro de Frei Betto e outros "afortunados entrevistadores".
Nem palavra sobre a suposta morte que se festeja em Miami desde sexta, quando o blog de Perez Hilton postou que a notícia estava para sair. Desta vez, Hugo Chávez só disse, ontem, que não voltaria ao assunto.
Pelo sim, pelo não, o editor de América Latina do "Financial Times" escreveu ontem sob o título "Fidel não importa", avaliando que pouco mudaria com o irmão Raúl e sua "ênfase mais realista na eficiência".
O "Guardian" arriscou mais, sob o título "Jornalista libertado conforme Raúl sinaliza mudança em Cuba". A idéia seria "emular o Vietnã", mas há "suspeitas" de que Fidel resiste, por exemplo, à abertura aos EUA.

CHÁVEZ E OS BILHÕES
A Associated Press reuniu nove de seus correspondentes para uma longa reportagem, sob o título "Chávez oferece bilhões na América Latina". Pelas contas da AP, "mais de US$ 8,8 bi". Abrindo o texto, de exemplo, "trabalhadores desempregados no Brasil recebem suas vagas de volta".
É uma cooperativa que, em 2003, apelou ao venezuelano. Não o bastante para o Brasil entrar nos maiores gastos chavistas - em Nicarágua, Equador, Bolívia e Argentina.

FMI EM CAMPANHA
A agência Novosti ouviu do ministro Guido Mantega, com eco pelas agências ocidentais, o quase apoio do Brasil a uma indicação alternativa ao FMI.
Do "Washington Post" ao "FT", a nova indicação russa ganha destaque. Mas o "Le Figaro" mal nota, noticiando por outro lado que o indicado francês "teve apoio da China".

SEM PRECEDENTES
A notícia de que o governo "acusa órgãos da ditadura de executar opositores", sábado na Folha, ecoou do "WP" ao "Clarín", no domingo. Com avaliações de que o livro a sair seria "informe histórico", por responsabilizar pela primeira vez o regime militar, e "sem precedentes". A agência AP citou "fotos impressionantes" que estão na mostra paralela.

POUCO MUDOU
No prestigioso "Observer", ontem, Jemima Hunt assinou longo texto sob o título "Brasil não é só samba, indulgência e Sol: os pobres continuam na escravidão". Sublinhou que, "nas atitudes brasileiras em relação a raça, pouco mudou".
Concentrou fogo na Daslu, de "decadência enervante". E questionou que Lula "não quer arriscar o crescimento" e "seus planos estão em linha com necessidades do "big business'" ou grande negócio.

ATÉ A BBC

news.bbc.co.uk


O correspondente da BBC Gary Duffy foi alvo do golpe do "seqüestro virtual" em São Paulo e relatou o episódio, em primeira pessoa. Disse que não caiu, mas compreendeu os 10 mil que viveram em 2006 a "experiência alarmante"

O CORRESPONDENTE E O PAÍS

Depois de chamar o ministro Guido Mantega de "complacente", por dizer que o país estava seguro diante da turbulência nos mercados em função dos US$ 160 bi de reservas, o correspondente Jonathan Wheatley , do "FT", postou ontem que os "US$ 160 bi são a razão de o Brasil ter sido capaz de superar tão facilmente a tempestade".
E foi tratar de Supremo ("é aquele mensalão de novo"), Renan ("que ele continue no cargo é algo que esgota a fé") e lamentar a impunidade com as leis "bizarras" do Brasil.

PARA O MUNDO

Adriana Zehbrauskas - nytimes.com


Sob o enunciado "Embelezando o mundo com ingredientes amazônicos", o "NYT" tratou do avanço dos cosméticos do Brasil, "nação com todo tom de pele concebível"

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@ - Nelson de Sá


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