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Painel
Renata Lo Prete - painel@uol.com.br
É nosso
Alheios às especulações sobre se Lula vai ou não ao
debate da Rede Globo, a ser realizado no Rio de Janeiro, os organizadores do comício de encerramento da
campanha, em São Bernardo do Campo, dão como
certa a presença do presidente, também amanhã à
noite, no palanque da cidade-berço do PT e da CUT.
"Não tem possibilidade de o Lula não ir ao comício",
decreta João Felício, coordenador de mobilização da
campanha nacional. O "aquecimento" para o evento
inclui uma carreata que partirá da capital paulista e
várias caravanas com saída de outras cidades do ABC.
A panfletagem nas portas de fábrica, intensificada
desde o início da semana, é feita com material que
promete a participação do presidente-candidato.
Meio a meio. Ontem, as
chances de Lula comparecer
ao debate da Globo estavam
na casa dos 50%. Nem mais
nem menos do que isso.
Tintim... O comando de
campanha de Lula pediu aos
diretórios estaduais relatório
"minucioso" dos debates de
governador realizados ontem
em todo o país, com atenção
para ataques ao presidente.
...por tintim. Os dados
servirão para definir os palanques em que Lula subirá no
segundo turno. Rebeldes serão tratados a pão e água.
Dois pesos. Comentário
ouvido entre ministros do
TSE sobre a conclusão da Polícia Federal de que não houve
grampo no tribunal, e sim engano de quem fez a varredura:
"Bem que a PF podia ser ágil
assim para revelar a origem
do dinheiro do dossiê".
Progressão. Do deputado
José Carlos Aleluia (PFL-BA):
"Primeiro, houve a "delação
premiada" feita pelos Vedoin;
depois, a "delação remunerada" envolvendo o PT e os donos da Planan; finalmente, a
"delação companheira" de Lula, que entregou Berzoini para
salvar a própria cabeça.
Mesmo barco. O deputado Campos Machado, principal liderança do PTB em São
Paulo, anuncia apoio a Roberto Jefferson, que ontem comunicou ao TSE sua decisão
de reassumir a presidência do
partido, da qual estava afastado desde a crise do mensalão.
Consorte. O ministro Paulo
Bernardo (Planejamento) tirou férias para ajudar a campanha da mulher, Gleisi Hoffmann (PT-PR), ao Senado.
Está percorrendo o interior e
se reunindo com prefeitos.
Virou. O engajamento de
Roberto Requião e de Paulo
Bernardo atraiu apoios para a
petista. O deputado Odílio
Balbinotti (PMDB) trocou
seu material de campanha,
que incluía Álvaro Dias
(PSDB), líder nas pesquisas, a
fim de pedir votos para Gleisi.
Luz vermelha. O PC do B
amarga crise nas suas candidaturas ao Senado com chances de vitória. A sigla viu "erro
grave" na representação de
Jandira Feghali contra o cardeal-arcebispo do Rio, d. Eusébio Scheid. No Ceará, Inácio Arruda empata com Moroni Torgan (PFL), apesar do
apoio de Lula e Ciro Gomes.
De volta 1. O Diap (Departamento Intersindical de
Assessoria Parlamentar) prevê 43% de renovação da Câmara na eleição deste domingo. O índice, considerado baixo, é semelhante ao de 1998.
De volta 2. Antônio Augusto de Queiroz, diretor de
documentação do Diap, aponta três fatores para a baixa renovação esperada: a) mudanças na lei restringindo a visibilidade dos candidatos; b) ausência de bons nomes novos;
c) vantagem comparativa de
quem disputa no cargo.
Favoritos. Apoiadora de
uma dezena de candidatos a
deputado em SP, Marta Suplicy gravou depoimento declarando voto em Jilmar Tatto (federal) e Rui Falcão (estadual). Peruas dos dois petistas
divulgam em alto e bom som a
mensagem da ex-prefeita.
Tiroteio
"Aldo corre o risco de ganhar o título de maior
produtor de frases desencontradas da
República. Por seu raciocínio, só vale o voto em
Lula. Os demais seriam fruto de golpismo."
Do cientista político RUBENS FIGUEIREDO sobre o presidente da Câmara, que acusou os adversários de tentar levar a eleição presidencial para
o segundo turno "independente da vontade do eleitor".
Contraponto
Exílio
Na série de discursos inflamados contra Lula durante
evento da campanha de Geraldo Alckmin anteontem num
clube da capital paulista, o candidato a vice na chapa tucano-pefelista, José Jorge, sugeriu aos militantes:
-Vamos mandar Lula de volta. Vamos mandar ele devolta, mas não para Pernambuco- disse o senador, referindo-se a seu Estado natal, o mesmo do presidente.
-A gente não quer ele em Pernambuco. Ele tem de vir
para São Paulo. Vocês vão ter que agüentar ele aqui!
Diante de um "não" em coro, José Jorge arrematou:
-Então, meus amigos, vamos fazer assim: a gente fecha
um acordo e manda Lula para a Paraíba!
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